Imprimir

Notícias / Política MT

Pedro Taques admite diminuir trajeto do VLT em Cuiabá, e defende conclusão da obra

Da Redação - Laíse Lucatelli

O governador Pedro Taques (PSDB) admitiu a possibilidade de diminuir o trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá. Em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira (19), no Palácio Paiaguás, Taques afirmou que a extensão dos trilhos pode ser alterada se for comprovado que, no desenho atual, com duas linhas que somam 22 quilômetros de extensão, o VLT não terá viabilidade econômica para ser operado.

Leia mais:
Após conclusão de acabamento, Viaduto da Sefaz é liberado para população 20 dias após anúncio

“Se a operação for cara em 22 km, é possível diminuir isso para que tenha viabilidade financeira. Essa decisão depende de cálculo”, afirmou o governador, ao ser questionado pela imprensa sobre a possibilidade.

A Linha 1 do VLT, que tem sido tratada como prioritária durante as obras, prevê a ligação do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, à região do CPA, em Cuiabá, e terá cerca de 15 km. A Linha 2 prevê a ligação da região do Coxipó ao centro da capital, com mais 7 km de trilhos.

Embora o governador não tenha dado detalhes sobre qual trecho teria mais chance de ser cortado do projeto, a tendência é que o trajeto de Várzea Grande seja preservado. Desse modo, a redução mais provável seria no final das linhas do CPA ou do Coxipó. No estágio atual das obras, os trilhos foram colocados somente no trecho de Várzea Grande (Linha 1) e no Viaduto da UFMT, na Avenida Fernando Correa (Linha 2).

Gasto com a obra

Pedro Taques afirmou, também, que apesar de ter sido contra a mudança do modal escolhido anteriormente, o Bus Rapid Transit (BRT), agora que é governador pondera que não é viável desperdiçar o valor que já foi gasto pelo governo do estado na obra: R$ 1,066 bilhão pagos, do valor de R$ 1,47 bilhão do contrato.

“Todos sabem que eu defendi do BRT. Mas houve uma decisão política e quem decidiu tinha legitimidade para decidir a mudança do modal [o ex-governador Silval Barbosa]. Agora, como governador, como é que eu vou vender R$ 750 milhões de vagões que estão aí? Não é possível fazer isso. Como que vou derrubar viadutos? Isso não é razoável”, disse.

O governador pretende discutir com a população de Cuiabá e Várzea Grande, em audiências públicas, se deve continuar a obra.  Atualmente, as obras estão paradas, à espera de um acordo judicial entre o consórcio VLT Cuiabá e o Governo do Estado.

“A consultoria vai dizer qual o modelo de operação, o modelo tarifário é esse. Eu vou decidir politicamente, e vamos discutir isso em audiências públicas. Hoje não é razoável que não possamos terminar a obra do VLT. O cidadão tem direito, esse dinheiro não é do governador passado, é do cidadão. Eu sou favorável ao término da obra do VLT, porque não podemos deixar a obra parada”, afirmou.
Imprimir