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Notícias / Ciência & Saúde

Com incentivo da chefe, jovem entra na academia e emagrece 38 kg

Bem Estar

O excesso de peso, com que convivia desde criança, nunca tinha incomodado a auxiliar administrativa Hallini Rotondo, de 22 anos. Mas, quando foi escolher as roupas para usar nas festas de fim de ano de 2013, descobriu que nenhuma servia. Uma subida na balança revelou que ela estava com 111 kg.

Foi um choque constatar que seu peso já tinha alcançado os três dígitos, mas as consequências do sobrepeso para a saúde já vinham se mostrando há algum tempo. “Era muito ofegante, não podia andar dois quarteirões que já ficava cansada. Além de estar acima do peso, eu fumava”, diz a jovem de Campinas, no interior de São Paulo.

A situação também provocava um sofrimento emocional grande. “Comprar roupa sempre foi o pesadelo da minha vida. Quase não tinha calças e preferia comprar peças maiores para não ter que experimentar. Cheguei a chorar em provadores.” Hallini diz que se esforçava para se amar e se aceitar do jeito que era, mas não vinha conseguindo. “Olhar no espelho e amar o que via já não era mais uma tarefa fácil.”

Percebendo que Hallini andava chateada com seu corpo, sua chefe Ana Luiza Saraiva, de 32 anos, que tinha acabado de se matricular na academia, começou a incentivá-la a fazer o mesmo. E deu certo. A jovem começou a se exercitar em fevereiro de 2014 e aproveitou o embalo para mudar a alimentação.

Mas as mudanças aconteceram aos poucos. “Até me acostumar, foi muito difícil, então fui tirando o que não me fazia bem aos poucos. O que eu comia todo dia, reduzi para duas vezes por semana, depois para uma vez”, conta.

Antes da mudança, Hallini não tinha horário certo para fazer as refeições, ficava muitas horas sem comer e, quando comia, escolhia massas, salgados e lanches. Em vez de tomar café da manhã ao acordar, por exemplo, ela comia um salgado quando chegava ao trabalho. Todas as refeições eram feitas fora de casa e verduras, legumes e frutas não faziam parte de seu cardápio.

Hoje, a jovem começa o dia comendo tapioca com requeijão light e tomando café com leite. No almoço, seu prato tem arroz branco (até tentou substituir pelo integral, mas não gostou), feijão, uma carne magra e muita salada. No lanche da tarde, come frutas ou bolachas integrais. No jantar, opta por salada e carne magra. Sempre que tem vontade de comer doce, come uma fruta. Uma vez por semana, porém, ela sai da dieta para comer o que quiser (geralmente, escolhe uma massa).

Se antes ela não sabia cozinhar nada, atualmente vem aprendendo receitas saudáveis para poder continuar a comer coisas gostosas que não afetem sua dieta. Uma das preferidas é a crepioca, receita de tapioca com ovo.

Quanto à academia, Hallini conta que o mais difícil não foi começar, mas se manter nos exercícios. No começo, focava mais nos exercícios aeróbicos – como esteira, bicicleta, aulas de step – e fazia musculação leve. Hoje, aumentou a intensidade da musculação.

No primeiro mês, perdeu 5 kg, o que a incentivou a continuar nesse caminho. Em 8 meses, já tinha perdido 30 kg. Hoje, um ano e meio depois do início das mudanças, está 38 kg mais magra e pesa 73 kg. Ela já superou em 3 kg sua meta inicial, que era 76 kg.

Ter mais disposição para fazer as coisas, não ficar mais chateada na hora de comprar roupa nova e gostar do que vê quando se olha espelho são algumas das recompensas que vem tendo por ter se disciplinado. Mais recentemente, a jovem deu mais um passo em direção a uma vida saudável: parou de fumar. “Foi uma consequência das mudanças que venho tendo. Substituí a vontade de fumar pela adrenalina dentro da academia.”
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