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Patrimônio dos americanos cai US$ 5 trilhões no quarto trimestre

Folha Online

O patrimônio líquido de famílias e entidades sem fins lucrativos nos EUA caiu para US$ 51,5 trilhões no quarto trimestre de 2008, contra US$ 56,6 trilhões. Trata-se de uma queda de US$ 5,1 trilhões (ou 9%), a maior já registrada desde que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) começou os registros trimestrais, em 1952. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira. 


O valor das riquezas dos americanos atingiu um pico no segundo trimestre de 2007, quando chegou a US$ 64,36 trilhões, impulsionado pela bolha no setor imobiliário. No ano passado como um todo, a queda no patrimônio dos americanos caiu US$ 11,2 trilhões, segundo o Fed.

A queda no patrimônio dos americanos ressalta a recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007. O país teve uma contração no PIB (Produto Interno Bruto) de 6,2% no quarto trimestre. Foi o pior desempenho desde a queda de 6,4% ocorrida no primeiro trimestre de 1982.

O endividamento dos americanos no trimestre passado teve uma redução de 2% (taxa anualizada), marcando o primeiro trimestre em que as dívidas dos americanos caíram. A queda, em dólares, foi de US$ 69,7 bilhões no período, para US$ 13,8 trilhões.

A estimativa inicial do governo referente ao terceiro trimestre era de uma contração de 0,8%, mas o dado foi revisado para um aumento de 0,2%.

O IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês) já havia divulgado uma pesquisa sobre o patrimônio dos americanos neste mês, na qual mostrou que a queda nos últimos 15 meses chegou a US$ 16,5 trilhões. Desde setembro, as riquezas dos americanos perderam US$ 9,5 trilhões em valor.

O endividamento com hipotecas --um dos principais itens nas dívidas dos americanos-- teve uma queda anualizada de 1,6% no trimestre passado, contra uma queda de 2,3% entre julho e setembro do ano passado. Os padrões mais rígidos adotados pelos bancos para conceder financiamentos hipotecários, devido à crise, contribuíram para essa redução.

O crédito ao consumidor caiu 3,2% (taxa anualizada) entre outubro e dezembro, primeiro recuo trimestral desde o segundo trimestre de 1992, quando houve queda de 0,9%.

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