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Defesa de Riva se diz inconformada com vazamento de apreensões feitas pela PF

Da Redação - Lucas Bólico

A defesa do ex-deputado estadual José Riva (PSD) se disse inconformada com a publicação do que foi apreendido pela Polícia Federal na casa do ex-parlamentar em maio de 2014, durante quinta fase da operação Ararath. O advogado Rodrigo Mudrovitsch assina texto enviado pela assessoria de Riva no qual afirma quem as informações deveriam correr no mais absoluto segredo de justiça, determinado pelo Supremo Tribunal Federal.

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Olhar Direto/Jurídico teve acesso ao relatório parcial de análise do material apreendido, segundo o qual os policiais encontram em poder de Riva dinheiro, barras de ouro, cheques do ex-ministro de Agricultura Neri Geller e notas promissórias (veja aqui). Além disso, estava na casa de Riva uma pasta de seu então genro João Emanuel, na qual foi encontrada comprovante de venda de uma área pública feita por Silval Barbosa (PMDB) (veja aqui).
 
A defesa de Riva ainda questiona os motivos pelos quais apenas informações do ex-candidato ao governo de Mato Grosso vazaram nesta semana. “Tendo dezenas de citados nesta operação, o que nos causou estranheza, foi o fato de somente os documentos ligados a ele serem divulgados”, afirma Mudrovitsch. 
  
O advogado também informa que as investigações da Operação Ararath ainda se encontram em fase “embrionária”, sem que Riva tenha sido inquirido ou denunciado. “No momento oportuno e no bojo dos autos do inquérito, José Geraldo Riva explicará todo e qualquer questionamento que lhe for realizado”.
  
Para Mudrovitsch o vazamento do relatório de apreensão é uma “tentativa frustrada” de revolvimento na imprensa de fatos que já ocasionaram a prisão cautelar de Riva, mas que foram refutadas pelo STF.
 
Veja abaixo a íntegra da nota do ex-deptado:
 
NOTA DE ESCLARECIMENTO
 
Em referência às recentes noticias veiculadas a respeito dos objetos apreendidos quando do cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal na Quinta Fase da Operação Ararath, a defesa de José Geraldo Riva vem manifestar, primeiramente, seu inconformismo com o vazamento de informações que deveriam correr no mais absoluto segredo de justiça, determinado pelo Supremo Tribunal Federal com relação a todos os documentos que envolvem o caso. Tendo dezenas de citados nesta operação, o que nos causou estranheza, foi o fato de somente os documentos ligados a ele serem divulgados. 
 
Os trabalhos relativos às investigações da Operação Ararath ainda se encontram em fase embrionária, não tendo sido José Geraldo Riva sequer inquirido ou oferecida denúncia em seu desfavor. No momento oportuno e no bojo dos autos do inquérito, José Geraldo Riva explicará todo e qualquer questionamento que lhe for realizado. 
 
Por fim, causa surpresa e espécie à defesa a frustrada tentativa de revolvimento de fatos pretéritos na mídia, vez que as infundadas alegações que anteriormente ocasionaram a segregação cautelar do Sr. José Geraldo Riva já foram devidamente refutadas pelo STF, não havendo motivos para que se tente reavivá-las no presente momento.
 
Rodrigo Mudrovitsch
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