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Mendes afirma que lamenta corrupção mas não a prisão de Silval e defende operações sem excessos

Da Redação - Jardel P. Arruda

“Em conversas de boteco a gente ouve de tudo, assim como vocês, da imprensa, ouvem”. Foi assim que o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), resumiu o que sabia sobre as supostas chantagens contra empresários para a manutenção dos incentivos fiscais, investigadas na Operação Sodoma, operação deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz), a qual resultou na prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

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Dono da Bimetal, empresa detentora de incentivos, ele nega ter sofrido qualquer desse tipo de pressão. O prefeito ainda lamentou os inúmeros escândalos de corrupção que eclodem por todo país, como esse investigado na Operação Sodoma. No entanto, ele alertou para o perigo dos “excessos” cometidos pelas autoridades policiais e imprensa.
 
“Lamento, não a prisão, mas a corrupção que acontece com tanta frequência . Mas, precisamos tomar muito cuidado com os excessos. Eles podem custar muito caro para um pessoa, pelo resto da vida dela”, afirmou o prefeito, no começo da tarde de sexta-feira (18).

Mauro Mendes foi adversário político de Silval Barbosa desde 2010. Na ocasião, o atual prefeito de Cuiabá foi candidato ao Governo do Estado e perdeu a eleição ainda no primeiro turno contra o peemedebista. Em 2012, o peessebista disputou contra Lúdio Cabral (PT), candidato de Silval, a Prefeitura de Cuiabá e venceu.

O prefeito já foi citado em na Operação Ararath, da Polícia Federal, como alguém que usou o delator Júnior Mendonça para conseguir empréstimo durante a campanha política de 2012. O fato foi amplamente divulgado pela imprensa apesar dele não estar no rol de investigados já confirmados.

Operação Sodoma
 
A operação acontece no âmbito de inquérito policial que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado nos anos de 2013 e 2014, e apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Silval Barbosa, o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf e o ex-secretário de Receita Marcel de Cursi, todos suspeitos de liderar os crimes, estão presos pelo esquema. A operação foi realizada em conjunto pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público Estadual, Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.
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