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Notícias / Cidades

Mãe mantém versão sobre desaparecimento de menino e diz que celular estragou

Da Redação - Wesley Santiago

A garconete Rubia Juliana Pereira Duarte, 29 anos, mãe do menino Miguel, de apenas um ano, manteve a versão sobre o desaparecimento do filho, que teria sumido na tarde de ontem (27), no Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá. À Polícia Militar, ela afirmou que a criança sumiu, mas que foi encontrada 40 minutos depois e que ela não avisou ninguém porque o celular teria estragado. Rubia acrescenta ainda que teria feito um Boletim de Ocorrências (BO), relatando o sumiço. Porém, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), negou que tenha havia comunicação oficial.

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De acordo com o Boletim de Ocorrências (nº 2015.286247), após o intenso boato que circulou pelas redes sociais, uma viatura da Polícia Militar foi até a casa de Rubia, acompanhada da babá da criança, Gisele Camarão Pereira, 37 anos. Lá, os militares encontraram a mulher, junto com o filho, dentro de casa.
 
Alguns familiares dela também estavam no local bastante revoltados com as informações que circulavam pelas redes sociais. Questionada pelos policiais, a mãe afirma que a criança sumiu no parque, mas que foi encontrada 40 minutos depois. Porém, como seu celular teria estragado, ela não conseguiu avisar ninguém. Ela ainda acrescentou que teria registrado um Boletim de Ocorrências do sumiço de Miguel.
 
Porém, a assessoria de imprensa da Sesp informou, através de nota, que: "Acompanhou, de forma cautelosa, o suposto desaparecimento (...). O fato foi multiplicado nas redes sociais e via aplicativo de celular, porém, sem nenhuma formalização de familiares da criança no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), via 197 ou 190”.
 
Ainda conforme a assessoria, o secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, e o secretário Executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo, acompanharam todo o desenrolar da situação e cumprimentam a todos os cidadãos de bem que se mobilizaram na busca de encontrar a criança, “o que mostra um amadurecimento da cidadania e como as mídias sociais podem ser bem empregadas em busca de objetivos nobres”.
 
Por fim, foi a Sesp alertou “que situações como essa, com origem em boatos, mobilizam desnecessariamente as forças de Segurança do Estado, prejudicando o atendimento de ocorrências verídicas e, sobretudo, arranham a credibilidade para o atendimento de situações futuras de risco real, perante as quais o Estado deve se articular e atuar no menor tempo possível”.
 
O caso
 
Informações quanto ao desaparecimento de uma criança, de nome Miguel, na área do Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá, na tarde do último domingo (27), gerou comoção. Na tentativa de tentar encontrar o bebê um grupo de pessoas se deslocou por volta das 21h para a frente do Parque, mas não houve permissão de acesso ao local. A segurança do parque informou ainda que desde o fim da tarde havia um comentário quanto ao sumiço, mas nenhuma comunicação oficial.
 
As primeiras informações repassadas por meio do aplicativo celular revelam que a criança, supostamente, estaria jogando futebol com a mãe que o teria deixado sozinho para buscar uma bola. Quando a mulher retornou ao local não mais encontrou o bebê. Supostamente, ele teria sido levado do local por um homem.
 
Diversos órgãos de segurança pública, contatados pela reportagem do Olhar Direto durante a noite de ontem, informaram que a situação de sequestro não havia sido registrada e que estavam sabendo apenas dos boatos que circulavam pelas redes sociais. A reportagem ainda ligou inúmeras vezes para o número celular atribuído a mãe do bebê, mas as ligações foram direcionadas para a caixa de mensagem.
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