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Economia de 35% em custeio permite ao governo investir em 152 obras e pagar salários em dia

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco e Laíse Lucatelli

Num momento em que 13 estados patinam até mesmo para honrar os salários do funcionalismo e a arrecadação oscila para baixo, o governo de Mato Grosso mantém 152 obras – a maioria asfalto – graças à economia conquistada com o decreto 02/2015. A explicação partiu do vice-governador Carlos Fávaro (PSD), durante diálogo com a equipe do Olhar Direto, ao citar que, sem   os ajustes feitos pelo governador José Pedro Taques (PSDB), desde o início do ano, principalmente com as imposições do decreto 02, o Estado não estaria dando conta sequer de quitar a folha de pagamento.
 
“Os contratos de resultados foram assinados com metas a serem cumpridas, entre elas diminuição de 20% no custeio. A média de redução ficou 35%, mas houve casos de até 59% em comparação com o exercício anterior”, observou o vice-governador.
 
“Os investimentos acontecem porque o governador teve coragem de ministrar o remédio amargo. O governo do Paraná possui apenas uma obra em andamento e o governo de Goiás não possui nenhuma. Mato Grosso possui  152 frentes de trabalho”, citou Fávaro, ao lembrar que são dois estados administrados pelo PSDB – Beto Richa, no Paraná; e Marconi Perillo, em Goiás.
  
Carlos Fávaro lembrou que Mato Grosso cumpriu o “dever de casa” e, caso não tivesse executado uma autêntica economia de guerra, nem mesmo os salários estariam sendo quitados em dia. “Pagamos rigorosamente em dia. Vemos o exemplo do Rio Grande do Sul, que não está parcelando o vencimento do funcionalismo, porque o governador [Ivo] Sartori não fez como o governador Pedro Taques, no começo do ano”, emendou Fávaro.
 


Infraestrutura
 
O vice-governador observou que graças à credibilidade conquistada com o ajuste fiscal é que o Palácio Paiaguás está conseguindo a liberação de R$ 1,4 bilhão para investimento na infraestrutura rodoviária de Mato Grosso. Detentora da chave do cofre do endividamento dos estados, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) dificilmente tem atendido aos governos e, nesse contexto, Mato Grosso é uma das raras exceções.
 
No bojo dos recursos estão previstos aproximadamente R$ 470 milhões para o programa Pró-Concreto, que fará a substituição das pontes de madeira por concreto.  Carlos Fávaro cita que a metade do montante será empregada na construção de pontes das rodovias em pavimentação do antigo MT Integrado,   absorvido pelo Pró-Estradas, que é hoje o maior conjunto de ações estratégicas focadas na melhoria da infraestrutura do Estado.
 
Para recuperação das rodovias serão destinados R$ 250 milhões para viabilizar o Pró-Estradas, eixo Reconstrução, com meta de reconstruir 1,45 mil quilômetros dos 2,46 mil quilômetros de pavimento degradado atualmente identificados em Mato Grosso. Isso representa quase 50% da malha pavimentada estadual.  
 
Levantamento da Sinfra revela que são 27 trechos de rodovias com condições de trafego ruins ou péssimas.
 
O eixo Construção do Pró-Estradas também teve recursos assegurados pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Luciano Coutinho. O programa de pavimentação de rodovias ainda possui metade da linha de crédito a ser liberado na ordem de quase R$ 700 milhões.
 
“Diante deste cenário, o governo do Estado pretende fechar o ano com 500 novos quilômetros de rodovias pavimentadas. Atualmente, temos 42 obras de construção de rodovias, que já correspondem a 1,3 mil quilômetros em andamento”, emendou  Fávaro. 
 
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