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Candidato à presidência da Fifa acusa João Havelange de manipular acordos de TV da Copa

ESPN

Chung Mong-Joon resolveu soltar o verbo. O candidato à presidência da Fifa disse que pode ser suspenso por 15 anos pelo comitê de ética da entidade, em uma tentativa de "sabotar" sua campanha à presidência da federação internacional de futebol, mas negou qualquer ação ilegal e prometeu continuar com sua candidatura.

Como ‘contra-ataque', Mong-Joon resolveu acusar mais irregularidades. E acabou apontando para João Havelande, que teria manipulado os acordos de TV da Copa do Mundo.

O sul-coreano contou um episódio no qual sugeriu, há 20 anos, uma mudança no processo de venda dos direitos da Copa do Mundo. À época, ele era vice-presidente da Fifa, e João Havelange, presidente. Mong-Joon teria falado suas ideias em uma reunião da entidade. Dois meses depois, acabou duramente repreendido pelo brasileiro e disse que só foi entender o motivo disso depois.

"Entre 1992 e 2000, Havelange recebeu US$ 50 milhões em propinas por uma empresa chamada ISL. Um dia, Blatter encontrou uma transferência da ISL para uma conta da Fifa com uma mensagem em anexo dizendo que era um pagamento para Havelange. No lugar de abrir uma investigação, ele simplesmente retornou o cheque para a ISL", disse.

Sobre a suspensão que corre o risco de tomar, Chung disse se tratar de um esquema para "impedi-lo de concorrer à presidência da Fifa".

"A razão fundamental pela qual estou sendo alvo é que fui direto à estrutura de poder existente na Fifa", disse Chung.

Por conta de regras de confidencialidade, o comitê de ética da Fifa não comentou sobre o caso de Chung e não houve resposta imediata aos comentários desta terça-feira.

Chung disse que foi acusado de violar seis artigos do Código de Ética da Fifa, os quais disse serem parte de seu "apoio" à candidatura sul-coreana para receber a Copa do Mundo de 2022 e sua proposta para iniciar o Fundo Global do Futebol.

"O comitê de ética não está me acusando por ofensas criminais, e não está me acusando por 'suborno', 'corrupção', ou 'conflito de interesses'", disse.

Chung disse que suas propostas para o início do Fundo Global do Futebol estavam de acordo com as regras da Fifa no momento e já foram investigadas e esclarecidas.
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