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Medina atropela Durbidge na França e volta a vencer etapa após 14 meses

Globo Esporte

Gabriel Medina encerrou em grande estilo um jejum de 14 meses sem conquistar etapas do Circuito Mundial. Sobrando no mar de Hossegor, na França, o atual campeão mundial atropelou nesta quinta-feira o australiano Bede Durbidge por 17,50 a 9,44 e saiu vitorioso de uma disputa válida pela elite do surfe pela primeira vez desde agosto do ano passado, quando levantou o caneco, em Teahupoo, no Taiti. 

A conquista rendeu ao jovem astro US$ 100 mil (R$ 380 mil) de premiação e 10.000 pontos no ranking mundial. Assim, ele subiu de sétimo para quinto lugar e, com 40.650 pontos, ele ainda tem chance de buscar o bicampeonato mundial nas duas disputas restantes: em Peniche, em Portugal, entre a próxima terça-feira e o dia 31 deste mês, e Pipeline, no Havaí, de 8 a 20 de dezembro. Como soma agora 40.650 pontos, ele precisará vencer as duas e torcer por grandes tropeços do líder, Mick Fanning (49.900 pontos) e do vice, Adriano de Souza, (49.450), isso sem contar o fato de que só vão valer os nove melhores dos 11 resultados na temporada. Se não fosse um começo de 2015 ruim, no qual chegou a ficar em 21º lugar do ranking, Gabriel estaria em situação muito mais confortável.

O sexto título de Medina em etapas da elite também serviu para ele se isolar como o brasileiro mais vencedor no Circuito Mundial – Adriano de Souza, a quem ele eliminou na semifinal, soma cinco troféus. 

A BATERIA

Medina demonstrou desde o início que não deixaria escapar o título em Hossegor. No primeiro minuto, ele surfou uma direita com categoria, ao mandar uma batida, boas rasgadas e até arriscar um aéreo, que não foi finalizado. Mesmo assim, os juízes gostaram da mistura de radicalidade, fluidez e velocidade e lhe dera nota 8,00. Não passaram nem cinco minutos da final e o campeão já se jogava em mais uma direita. Gabriel atacou os pontos críticos da onda, fez bonitos arcos e jogou água para o alto, mas recebeu 6,50. Faltando 24 minutos de bateria, ele já somava 14,50 pontos contra nenhum de Durbidge, que estava plantado na arrebentação à espera de boas ondas.

Solto no mar, Medina se deu ao luxo de poder arriscar. Como se viu em uma direita que ele transformou em pista de decolagem, voou alto em um aéreo, porém não conseguiu aterrissar e recebeu nota 3,10. Bede demorou para acordar. A primeira onda do veterano de 32 anos foi uma direita bem surfada, mas que rendeu só 3,90.

Pouco depois do gringo sair do zero, Gabriel resolveu deixar claro quem mandava na final. Ele espancou uma direita, com três manobras fortes, e tirou nota 9,00 fazendo a sua melhor média na bateria e naumentando seu somatório para 17,00, contra 8,57 de Bede, que somara 4,67 na sua última onda.

Durbidge ainda pegou mais uma onda intermediária e tirou 4,77. O australiano acabou somando o total de 9,44 pontos e foi derrotado por combinação. Medina está de volta ao topo do pódio no pico em que ele venceu a sua primeira etapa da elite, em 2011, e não para de obter glórias.

BATERIAS DE QUARTAS DE FINAL

1. Julian Wilson (AUS) 17,00 x Italo Ferreira (BRA) 9,00
2. Mick Fanning (AUS) 12,57 x Bede Durbidge (AUS) 14,10
3. Adriano de Souza (BRA) 15,37 x Owen Wright (AUS) 13,83
4. Gabriel Medina (BRA)14,43 x John John Florence (HAV) 13,10


BATERIAS DE SEMIFINAL

1. Julian Wilson (AUS) 10,84 x Bede Durbidge (AUS) 11,73
2. Adriano de Souza (BRA) 12,50 x 15,67 Gabriel Medina (BRA) 

FINAL

1. Bede Durbidge (AUS) 9,44 x Gabriel Medina (BRA) 17,50
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