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Notícias / Política MT

Comerciante acusado de comandar Instituto que recebeu R$ 800 mil é liberado após depoimento

Da Redação - Patrícia Neves/Arthur Santos da Silva

Apontado como diretor do Instituto Baguari, o comerciante José Ribeiro Neto foi solto após prestar depoimento no final da tarde de hoje, 15, na Delegacia Fazendária, que deflagrou a operação BB PAG nesta data. Ribeiro é o primeiro a ganhar liberdade.
 
A informação foi confirmada pelos advogados Fabrício Domingues, Ricardo Spinelli e Fabian Feguri. O mandado de prisão foi expedido pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal. O referido Instituto recebeu a quantia de R$ 800 mil dos cofres públicos. 

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Segundo a defesa, o nome de José Ribeiro foi empregado indevidamente para a criação de Instituto, apontado como beneficiário de esquema de desvio de verbas públicas em Mato Grosso. “Ele não possui qualquer participação nos fatos e a verdade precisa ser restabelecida’, afirmaram os advogados. 
 
"A defesa entende que ele foi vítima neste caso, pois seu nome foi utilizado indevidamente para criação de um instituto", complementou a defesa. Na Internet, o Instituto Baguari aparece como responsável pelo 'Comitê Leverger de Olho na Copa do Mundo', com sede na cidade de Santo Antônio do Leveger, a 35 quilômetros de Cuiabá.

 A operação desencadeada pela PJC levou à prisão 25 pessoas por força de mandado de prisão temporária. No total foram expedidas, 78 ordens, sendo 34 de prisão.  Segundo a Polícia, as medidas buscam concluir as investigações iniciadas no ano de 2012, destinadas a apurar o vultoso desvio de dinheiro público do Governo do Estado de Mato Grosso por meio do Sistema Eletrônico disponibilizado pelo Banco do Brasil denominado BBPAG, que teria causado um rombo de R$ 101.123.118,61 aos cofres públicos. 

Quando a fraude veio à tona, a Delegacia Fazendária deflagrou a operação “Vespeiro”, que resultou na prisão de 43 pessoas envolvidas no esquema relativo somente ao envolvimento de pessoas físicas, que na ocasião foi mensurado em mais de R$ 16 milhões. 

Com o apoio da Controladoria Geral do Estado, se apurou que os desvios iam muito além daquele valor e que teriam sido efetuados em benefício de 12 pessoas jurídicas, dentre cooperativas, associações, sindicatos e empresas privadas. Assim, nova investigação foi instaurada visando apurar os recebimentos por essas pessoas jurídicas de desvios de mais de R$ 85 milhões. 

As pessoas jurídicas investigadas no esquema são: Cooperativa de economia e crédito mútuo dos profissionais de contabilidade de Cuiabá (Coopercon), Associação dos servidores do Indea (Assin), Associação dos servidores do Intermat (Assister), Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Oficial de Mato Grosso (Sitomat), Sindicado dos trabalhadores do sistema agrícola, agrário e pecuário de MT (Sintap); Indatec, Instituto Bagari, LCA Fomento Mercantil, LD Fomento Mercantil, Assut, Siesc e BOA Fomento Mercantil. 

Segundo a delegada Cleibe Aparecida de Paula, no transcorrer das investigações foram comprovados os recebimentos do dinheiro indevido tanto pelos gestores e demais funcionários das pessoas jurídicas como por seus familiares que acabaram usufruindo desse valor com a compra de imóveis, empresas, veículos e viagens. 
 
 
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