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Palmeiras encara no Recife o que restou do Sport pós-Libertadores
Folha de S.Paulo
Existe um Sport antes e um Sport depois do dia 12 de maio de 2009. O que o Palmeiras reencontrará neste sábado, às 18h30, é o que restou daquela equipe eliminada pelos paulistas da Taça Libertadores.
O time, invencível na Ilha do Retiro e primeiro colocado de seu grupo no torneio continental, transformou-se em outro, que sofre para ganhar em casa e frequenta a zona do rebaixamento do Brasileiro.
Em crise, o clube anunciou seu segundo técnico após a saída de Nelsinho Batista. Péricles Chamusca, campeão da Copa do Brasil de 2004 pelo Santo André, assumirá o posto deixado por Emerson Leão. Hoje, no entanto, a equipe ainda será dirigida pelo treinador interino Levi Gomes.
O Palmeiras, líder do Brasileiro e vencedor de seis das últimas sete partidas realizadas, foi o responsável direto pela queda dos pernambucanos.
Até 8 de abril, data do primeiro de quatro duelos entre os rivais neste ano, o Sport tinha 25 partidas de invencibilidade. Na Ilha do Retiro, não era batido desde agosto do ano passado. Depois dos 2 a 0 aplicados pelos paulistas no Recife, as coisas começaram a mudar.
Apesar de ter chegado às oitavas de final como primeiro de sua chave na Libertadores, o time rubro-negro perdeu força.
A gota d'água foi o fatídico 12 de maio. O Sport acusou o golpe após a classificação do Palmeiras nas penalidades máximas.
A marca mais evidente aconteceu dentro de campo. Das 14 partidas que o time disputou desde então, só venceu três. Perdeu oito, incluindo a da rodada passada do Nacional (0 a 1), ante o Cruzeiro.
Nem a Ilha do Retiro surte o mesmo efeito. Lá, o clube voltou a se exibir sete vezes após a queda na Libertadores. Ganhou três, empatou uma, perdeu três. O aproveitamento de cerca de 94% dos pontos disputados no ano que o Sport tinha antes de cruzar com o Palmeiras pela primeira vez na temporada caiu quase pela metade (45%) após aquele 8 de abril.
O reflexo disso foram divergências internas, que vazaram. Nelsinho Batista cobrou mais empenho de alguns atletas, entre eles o meia Paulo Baier. Contrariado, o técnico saiu primeiro. Em seguida, o jogador foi para o Atlético-PR.
Surgiram, também, problemas extracampo. O atacante Ciro, que nesta semana sagrou-se campeão de um torneio na Venezuela com a seleção sub-20, foi acusado de agredir um menor de idade em um shopping center de Recife. Ainda sem marcar no Brasileiro, ele volta ao time.
Até mesmo a rivalidade que alimentou os outros confrontos parece ter regredido.
Nas vezes anteriores em que passou por Pernambuco para encarar o Sport, o Palmeiras hospedou-se em Cabo de Santo Agostinho para escapar da torcida local. Agora, ficará no Recife. E o discurso como visitante, se antes mostrava certo temor perante o adversário, revela que os tempos mudaram.
"A gente sabe que o Sport está em situação delicada na tabela", disse, quase em tom de lamento, o meia Diego Souza.
Tabela que tem tudo para dificultar ainda mais a situação do rival. Após o Palmeiras, o Sport fará duas visitas consecutivas. Primeiro, pega o Fluminense, no Rio. Depois, o Internacional, em Porto Alegre.
Dúvida
A única dúvida do técnico Muricy Ramalho, que dirigirá o time pela segunda vez, é se mantém o volante Souza como meia, avançando Diego Souza para jogar ao lado de Obina, ou se recua Diego e aposta em Ortigoza, formação que garantiu o 1 a 0 sobre o Fluminense na última rodada.
De resto, a novidade fica por conta de Marquinhos, relacionado pelo treinador.
O meia-atacante, recuperado de uma cirurgia de hérnia inguinal, não entra em campo desde o dia 31 de maio, no empate por 2 a 2 contra o Barueri.
SPORT
Magrão; Igor, César e Durval; Élder Granja, Hamilton, Andrade, Fabiano e Bruno Telles; Vandinho (Luciano Henrique) e Ciro
Técnico: Levi Gomes
PALMEIRAS
Marcos; Wendel, Maurício Ramos, Danilo e Armero; Pierre, Edmilson, Souza (Ortigoza) e Cleiton Xavier; Diego Souza e Obina
Técnico: Muricy Ramalho
Local: Ilha do Retiro, em Recife
Horário: 18h30
Juiz: Péricles Bassols Cortez (RJ)
O time, invencível na Ilha do Retiro e primeiro colocado de seu grupo no torneio continental, transformou-se em outro, que sofre para ganhar em casa e frequenta a zona do rebaixamento do Brasileiro.
Em crise, o clube anunciou seu segundo técnico após a saída de Nelsinho Batista. Péricles Chamusca, campeão da Copa do Brasil de 2004 pelo Santo André, assumirá o posto deixado por Emerson Leão. Hoje, no entanto, a equipe ainda será dirigida pelo treinador interino Levi Gomes.
O Palmeiras, líder do Brasileiro e vencedor de seis das últimas sete partidas realizadas, foi o responsável direto pela queda dos pernambucanos.
Até 8 de abril, data do primeiro de quatro duelos entre os rivais neste ano, o Sport tinha 25 partidas de invencibilidade. Na Ilha do Retiro, não era batido desde agosto do ano passado. Depois dos 2 a 0 aplicados pelos paulistas no Recife, as coisas começaram a mudar.
Apesar de ter chegado às oitavas de final como primeiro de sua chave na Libertadores, o time rubro-negro perdeu força.
A gota d'água foi o fatídico 12 de maio. O Sport acusou o golpe após a classificação do Palmeiras nas penalidades máximas.
A marca mais evidente aconteceu dentro de campo. Das 14 partidas que o time disputou desde então, só venceu três. Perdeu oito, incluindo a da rodada passada do Nacional (0 a 1), ante o Cruzeiro.
Nem a Ilha do Retiro surte o mesmo efeito. Lá, o clube voltou a se exibir sete vezes após a queda na Libertadores. Ganhou três, empatou uma, perdeu três. O aproveitamento de cerca de 94% dos pontos disputados no ano que o Sport tinha antes de cruzar com o Palmeiras pela primeira vez na temporada caiu quase pela metade (45%) após aquele 8 de abril.
O reflexo disso foram divergências internas, que vazaram. Nelsinho Batista cobrou mais empenho de alguns atletas, entre eles o meia Paulo Baier. Contrariado, o técnico saiu primeiro. Em seguida, o jogador foi para o Atlético-PR.
Surgiram, também, problemas extracampo. O atacante Ciro, que nesta semana sagrou-se campeão de um torneio na Venezuela com a seleção sub-20, foi acusado de agredir um menor de idade em um shopping center de Recife. Ainda sem marcar no Brasileiro, ele volta ao time.
Até mesmo a rivalidade que alimentou os outros confrontos parece ter regredido.
Nas vezes anteriores em que passou por Pernambuco para encarar o Sport, o Palmeiras hospedou-se em Cabo de Santo Agostinho para escapar da torcida local. Agora, ficará no Recife. E o discurso como visitante, se antes mostrava certo temor perante o adversário, revela que os tempos mudaram.
"A gente sabe que o Sport está em situação delicada na tabela", disse, quase em tom de lamento, o meia Diego Souza.
Tabela que tem tudo para dificultar ainda mais a situação do rival. Após o Palmeiras, o Sport fará duas visitas consecutivas. Primeiro, pega o Fluminense, no Rio. Depois, o Internacional, em Porto Alegre.
Dúvida
A única dúvida do técnico Muricy Ramalho, que dirigirá o time pela segunda vez, é se mantém o volante Souza como meia, avançando Diego Souza para jogar ao lado de Obina, ou se recua Diego e aposta em Ortigoza, formação que garantiu o 1 a 0 sobre o Fluminense na última rodada.
De resto, a novidade fica por conta de Marquinhos, relacionado pelo treinador.
O meia-atacante, recuperado de uma cirurgia de hérnia inguinal, não entra em campo desde o dia 31 de maio, no empate por 2 a 2 contra o Barueri.
SPORT
Magrão; Igor, César e Durval; Élder Granja, Hamilton, Andrade, Fabiano e Bruno Telles; Vandinho (Luciano Henrique) e Ciro
Técnico: Levi Gomes
PALMEIRAS
Marcos; Wendel, Maurício Ramos, Danilo e Armero; Pierre, Edmilson, Souza (Ortigoza) e Cleiton Xavier; Diego Souza e Obina
Técnico: Muricy Ramalho
Local: Ilha do Retiro, em Recife
Horário: 18h30
Juiz: Péricles Bassols Cortez (RJ)