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No Piauí, ex-presidente Lula defende cortes para o país 'não quebrar'

G1

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo federal deve promover cortes para o país "não quebrar". Ele, porém, não deu detalhes sobre em quais áreas os cortes deveriam ser promovidos. Lula recebeu nesta quarta-feira (21) o título de Cidadão Piauiense concedido pela Assembleia Legislativa em Teresina.

Durante o discurso, o ex-presidente chegou a comparar a crise econômica vivida pelo Brasil com a de outros países e citou a Grécia como exemplo. Apesar de admitir que o governo precisa "melhorar sim", Lula saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff.

“Esqueceram que a Dilma terminou o seu primeiro mandato com o menor índice de desemprego? Apenas 4,8%. É preciso melhorar sim e é preciso fazer cortes para não quebrar", disse Lula.

O ex-presidente voltou a afirmar que o Brasil vive um "momento de ódio" e questionou se os problemas vividos pelo país atualmente são culpa do PT e do governo.

"Vivemos em momento inusitado e de ódio. Muitas pessoas com raiva e precisamos saber a origem disso. É preciso ficar tranquilo. Será se a culpa é do PT? A culpa é do governo?”, questionou.

“A elite nunca se preocupou com os pobres. Eu fico é feliz em ver que mais de três milhões de jovens estão na faculdade com a bolsa do Prouni. São esses dados que incomodam”, desabafou Lula.

Protesto
Antes do evento, Lula foi recebido por manifestantes que criticaram o título de Cidadão Piauiense dado a ele. Um grupo do movimento "Vem pra Rua" exibiu um painel em frente à Assembleia Legislativa no qual intitulou a homenagem ao petista como "Título de Cidadão Vergonha Piauiense".

A exemplo de outros protestos pelo país organizados pelo grupo, os manifestantes também levaram bonecos infláveis com a imagem do petista com roupa de presidiário.

Para os manifestantes, a honraria concedida ao ex-presidente é vergonhosa tendo em vista que Lula vem sendo citado em escândalos de corrupção. “A democracia está comprometida. É uma vergonha conceder um título a uma pessoa tão corrupta como ele”, disse a líder do movimento Adriana Sousa.

Dentro do plenário da Alepi, Lula criticou os manifestantes e questionou se o partido defendido por eles fez o país melhor do que é hoje. "Eles esqueceram o que fizemos? Fizemos o Pronatec, Plano Nacional de Educacação e abertura de escolas técnicas. É isso que incomda?", indagou.

Bate-boca
Durante a manifestação, a polícia teve que intervir em uma briga entre os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e lideranças do movimento Vem para Rua. De acordo com a petista Neide Carvalho, uma militante do PT chegou próximo à grade colocada pelos manifestantes anti-Lula e uma confusão começou.

“Esse pessoal (Vem pra Rua) contratou seguranças e três deles tentaram agredir uma militante do PT, porque ela encostou na grade que eles colocaram para ficarem isolados e uma briga começou”, afirmou.

Adriana Sousa afirmou que a agressão se deu porque a outra tentou invadir o espaço reservado a eles. “Contratamos seguranças para conter as pessoas que ultrapassem o espaço deles, eles reagiram estão lá para conter qualquer confronto”, lembra.
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