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Doriva pede calma com Lugano: "não basta ser ídolo"

Terra

A possível retorno de Diego Lugano ao São Paulo, noticiado pelo blog do jornalista Alexandre Silvestre, na Gazeta Esportiva , animou a torcida, mas não fez brilhar os olhos do técnico Doriva. Empolgado com a possibilidade de disputar a Taça Libertadores da América no ano que vem, principalmente após a contundente vitória por 3 a 0 sobre o Sport, neste sábado, o treinador minimizou as vantagens que a equipe teria com a volta do uruguaio ao elenco.

"Precisamos ver como ele está atualmente", disse o comandante, sem esboçar qualquer animação ao ouvir o nome do defensor, campeão da Libertadores e do Mundial, em 2005, além do Campeonato Brasileiro de 2006, e que atualmente defende o Cerro Porteño. "Não basta ter sido um grande ídolo, tem que estar vivendo um momento bom também. Sei que ele foi muito bem aqui, deixou sua marca, mas teria que vir para jogar em alto nível", avaliou.

As palavras de Doriva vão de encontro com que afirmou o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva. Empossado no último dia 27 para um mandato até abril de 2017, o mandatário vê no antigo líder da zaga o nome ideal para guiar sua única temporada integralmente no comando no Tricolor.

A ideia de ter Lugano é vista também como uma possibilidade de minimizar a carência da torcida por ídolos. Hoje, o elenco conta com o goleiro Rogério Ceni e o atacante Luis Fabiano, mas ambos não estarão no clube em 2016. Enquanto o goleiro se aposenta, o centroavante já deixou claro que não permanecerá após o fim do seu contrato, marcado para 31 de dezembro.

Soma-se a isso a saída de Alexandre Pato, confirmada pelo próprio jogador após o triunfo sobre o Leão. Principal jogador do time na atual temporada, ele está emprestado pelo Corinthians e, devido ao alto custo que representaria (seus direitos estão avaliados em R$ 45 milhões para o mercado nacional), não terá chance de cair ainda mais nas graças da torcida.

Sendo assim, Lugano poderia ser visto como uma voz das arquibancadas no vestiário, tudo isso em meio a uma das maiores turbulências vividas na história são-paulina, com direito a renúncia do último presidente e quatro técnicos em apenas um ano. "Ainda não conversamos muito sobre o próximo ano. Quando confirmarmos ou não a nossa vaga na Libertadores, aí poderemos falar sobre reforços", resumiu Doriva.
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