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Após morte do filho, cuiabana faz campanha para reencontrar cachorro que ajudou na terapia da criança

Da Redação - Lucas Bólico

O cão Boris entrou na vida de Luciana Monteiro por orientação médica. Mãe de um filho com deficiência, ela foi orientada a arrumar um cachorro para ajudar na terapia e no desenvolvimento da criança. Deu certo. Foram anos de amizade entre o garoto e o animal até o falecimento do menino Victor, 12 anos, há três meses. Sem o filho, Luciana encontrou em Boris um parceiro e um elo com o garoto. Mas na noite do último sábado o animal desapareceu e agora Luciana inicia uma campanha para tentar reencontrá-lo.

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Luciana é moradora do bairro Morada do Ouro, setor centro norte, em Cuiabá. Conta que tem o costume de manter o animal preso na coleira quando sai. Ao chegar em casa, na noite do último sábado, por volta das 22h30, entrou com o carro na residência e imaginou que Boris estaria onde foi deixado. Percebeu a ausência do cão no dia seguinte, às cinco da manhã, horário em que costuma passear com o animal.
 
De acordo com Luciana, um vizinho, quando soube do desaparecimento, chegou a informá-la que viu um cachorro parecido com Boris nas proximidades da casa, por volta das 00h de domingo. A dona do cão publicou fotos com o animal de estimação no Facebook e chegou a ter algumas informações de lugares onde ele teria sido visto, mas até agora ele não foi encontrado.
 
Luciana conta que tem o hábito de caminhar bastante com Boris pela região em que mora, passando pelo entorno da Assembleia Legislativa e Avenida Historiador Rubens de Mendonça, área já conhecida pelo cão. Desde o desaparecimento, ela já passou pela rota que faz com Boris e espalhou cartazes. “Mas choveu muito, o que atrapalhou”, explica.
 
Hoje pela manhã Luciana teve de dar uma pausa nas buscas para ir ao cemitério em homenagem ao filho e agora retoma as buscas. Quem tiver alguma pista do cachorro pode entrar em contato com ela pelos telefones (65) 9971-7626/ (65) 9935-1449.
 
“Ele foi muito importante para mim, num momento muito difícil. Foi ele que não me deixou entrar em depressão ou fazer uma loucura quando perdi meu filho. Ele é como se fosse uma parte do meu filho que ficou comigo. Quando voltei do velório do Victor, cheguei em casa, e ele [Boris] estava me esperando no portão e chorou comigo. Sem ele eu não sei o que vou fazer”, lamenta Luciana, em entrevista por telefone ao Olhar Direto. 
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