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Após quatro horas de depoimento, Eder se diz amargurado e alega perseguição política; veja como foi

Da Reportagem Local - Wesley Santiago/ Da Redação - André Garcia Santana

O ex-secretário da Copa do Mundo 2014 e ex-presidente da Agecopa, Eder Moraes, depõe pela segunda vez na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, a partir das 9h desta terça-feira (10), no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa.

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A expectativa é que, dessa vez, ele apresente documentos e faça mais revelações do que fez em seu primeiro depoimento na CPI, realizado em abril. Na ocasião, ele estava preso, e se isentou de responsabilidade sobre as decisões e ações mais importantes relacionadas à Copa em Cuiabá.

“O Eder Moraes estava detido em seu primeiro depoimento, o que prejudicou em fornecer documentação à CPI, como exemplo de outras testemunhas ouvidas, e acreditamos que ele trará informações para corroborar suas declarações”, disse o presidente da CPI, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB).

Também estão previstos para esta terça Mauriney Cezar Pinheiro da Silva, que era diretor de projetos da Exímia Engenharia e Consultoria, responsável pela elaboração dos projetos das obras do entorno da Arena Pantanal; e João Paulo Curvo Borges, que era assessor especial da Secopa, responsável por revisar os projetos entregues pela GCP Arquitetos, que culminaram na contratação das empresas que forneceram o mobiliário e os sistemas de Telecomunicações da Arena Pantanal.

Acompanhe o depoimento:

13h19 - Ele finaliza o depoimento dizendo que sofre ação semelhante à promovida pelo movimento político que pede pelo Impeachment  da presidente Dilma Roussef. 

13h16 - Eder pede que haja divulgação dos documentos levados por ele, já que são de interesse público. E diz que a mídia pouco tem se interessado por suas explicações, não publicando artigos enviados por ele.  Acusa  ainda o governo de cercear opinião dos veículos no Estado. 

13h14 - Oscar Bezerra diz que muitos dos citados já estão nas listas de futuros delatandos e brinca que há um vagão do VLT de documentos para serem analizados, reitera que Eder pode ser chamado pela Comissão novamente e finaliza passando para o deletando as considerações finais. 

13h09 - Perguntado por Oscar sobra quais nomes seriam indispensáveis para que seja dada sequência ás investigações da CPI, Eder disse ser impressindíveis as presenças dos engeheiros Rafael Detoni, Jamir Sampaio, o chefe da comissão de licitações Eduardo Rodrigues, o ex-secretário adjunto da, Secopa Alisson Sander, dentre outros. 

13h06 - O Presidente da Comissão assume as últimas três perguntas da sessão. 

13h00 - "Quando fui transferido, tive de vir algemado E via deputados que tratavam as coisas comigo rindo lá na frente. Quando cheguei, passei por viadutos e não acreditava, porque quando saí não estavam prontos. Sinto uma amargura no coração, porque não é fácil para um homem que tinha um currículo como o meu, ter isso manchado por três prisões sem saber o motivo". 

12h57 - Savi pergunta o que Eder sente hoje como cidadão. Ele responde que se contém para não se emocionar e diz se sentir injustiçado. " Eu ajudei a construir a Copa do Mundo do Pantanal, tem minha digital em todas as obras. Eu assisti a abetura do Mundial da cela de uma prisão, em uma T.V de 14 polegadas. Eu emagreci 14 kilos, passei fome porque aquela comida do presído da Papuda é uma lavagem que servem pra gente. Quase perdi a visão por falta de vitaminas. Você pode imaginar a amargura que isso causa?"

12h54 - Eder aponta falta de pulso , gestão e uma cobrança mais acirrada por parte do governo anterior como os principais fatores  nos problemas apresentados nas obras. 

12h49 - De acordo com o ex-secretário Sergio Ricardo e Riva foram os que mais fizeram pressão para sua saída da Pasta. " Todos que perguntei sobre isso, negaram. Quem me disse da pressão foi o próprio Silval."

12h47 - Savi fala sobre a autoridade de Eder na Agecopa e diz que o representante anulava quem pensasse de modo diferente do seu. 

12h38 - Eder disse que chegou a adoecer enquanto estava a frente da Agecopa. 

12h33 - Deputado Mauro Savi também questiona o deletando sobre os desenbolsos relativos às obras. 

12h21 - No que diz respeito ao orçamento apresentado para a troca de modais, disse que: "quando falamos R$700 milhões, não colocamos os equipamentos, talvez tenha havido um erro de comunicação da nossa parte."

12h21 - Eder fala que votou proposta de teleférico porque não havia projeto. "Imagina se vem um turista, testa e esse negócio cai? Acabava a Copa pra gente. Não conseguiu fazer nem a reforma da Salgadeia (balneário), vai conseguir fazer teleférico?" 

12h17 - O deputado Dilmar Dal'Bosco assume os questionamentos. Oscar Bezerra pede mais duas horas de sessão. 

12h12 - O deletando fala novamente em "frouxidão" do atual governo em dar sequência às obras e cita que seria necessário que o governador "calçasse as sandálias da humildade" para pedir os recursos necessários para a finaliação à presidente. Ele diz que o tempo é o senhor da verdade e que nada apagará seus feitos, os de Riva e os de Silval no empreendimento destas obras. 

12h06 - Eder fala novamente em perseguição política e ataca Taques: O governo hoje contrata consultoria até para ir ao banheiro. Quem é o burro? Quem está puxando a carroça?

12h03 -"Ningém falou que os vagões foram pagos com dolar baixo, se fosse para pagar agora, seria pago 1 bilhão e meio. Será que não foi mérito do ex-governador ?Só falam da divida dolarizada que tem pro Estado pagar, que não significa nem meio por cento do orçamento geral do Estado", disse Eder. 

12h01 - Eder pede permissão para rebater a última acusação do deputado, mas é informado pelo presidente da Comissão que o tema já foi debatido em outras reuniões. " A Justiça não determinou que o governo contratasse a KPMG. Pau que bate em Chico tem de bater em Francisco, mas nesse governo, só bate em Chico", diz Moraes. 

12h00 - Wilson diz que tem um compromisso e se retira da CPI. 

11h56 -  Santos pede a palavra e fala que a contratação da KPMG, por  ordem judicial, para determinar o "futuro do vlt" foi feita com lisura e pede documentos para análise.

11h44 - Ao afirmar que seus sucessores também não assinaram o documento da troca, Santos é contestado por Moraes e disse que Francisco Galindo assinou a troca e aceitou a implantação do novo modal. Moraes reforça que houve participação da prefeitura na escolha. "A prefeitura de Cuiabá opinou sim. Está nos documentos."

11h43 - Eder fala que a troca de modais foi assinada por prefeitura e governo do Estado. Wilson Santos pede a palavra e destaca que a decisão foi excluisiva do governo, já que o documento assinado por ele tratava-se do BRT. 

11h40 - O deputado Wagner Ramos assume a palavra e pergunta se o ex-secretário tem alguma responsabilidade na adulteração do parecer técnico na troca de modal. Eder nega. 

11h38 - Wilson Santos finaliza seus questionamentos e reforça que não fez nenhuma afirmação relacionada a Eder, apenas a leitura de delação feita perante promotores de justiça. 

11h34 - Com relação a "pedalada fiscal" dada por Silval Barbosa, Eder afirma que a única "pedalada" que conhece é a que está sendo dada agora, com o duodécimo,  pelo Governo do Estado e Assembleia Legislativa. 

11h33 - Moreas pede a Oscar que as perguntas relacionadas as notas sejam estipardas, já que não se relacionam a esta CPI. 

11h29 - Santos cita notas fiscais milionárias assinadas por Silval Barbosa, Mauro Mendes e Eder Moraes. Nelas, constaria o pagamento de propina paga por Eder Moraes a diversos prossionais. Os dados, segundo o deputado seriam da operação Ararath. 

11h27 - Éder diz que vai apresentar os documentos às15h no colégio de líderes. 

11h24 - Santos pediu para que Eder apresente documentos que comprovem o que diz, para que assim haja uma quarta CPI, propostas por Bezerra.

11h21 - "Traficam o medo, ninguém tem coragem de peitar o Ministério Público Estadual, por que? O MP tenta me desqualificar dizendo que o que afirmo hoje eu não reafirmo amanhã. A única coisa na miha vida que me retratei publicamente foi esse depoimento torto, direcionado por eles", afirmou exaltado. 

11h19 - Eder acusa Assembleia e diversos outros orgãos de não ter coragem de encarar o MP e fala que sofrerá represálias por suas declarações. 

11:16 - Santos pergunta qual o nível de autonomia que o MP tinha para fiscalizar a gestão do ex-secretário. Eder afirma que a autonomia era total. 

11h14 - Oscar Bezerra pede que seja abordado o tema Ministério Público. 

11h10 - Eder afirma que o documento foi editado e disse que o depoimento foi várias vezes interrompido por um advogado que o tirava da sala e o orientava a dizer que tinha recebido um pouco de dinheiro para dar veracidade ao depoimento. Ele se defende dizendo que foi induzido. "Depois fiz a retratação pública."

11h08 - A decisão teria sido tomada porque Eder, sergundo o governador, teria arranhado a imagem do governo. Deste modo, o gestor foi pressionado por diversos orgãos a cortá-lo do cargo. 

11h05 - Na delação, o governador (Silval Barbosa) afirma que R$ 5 milhões seriam destinados para Éder, por conta do troca de modais. O dinheiro não teria sido recebido e o secretário foi afastado da secretaria.

11h04 - "Os deputados se assanharam todos, pensaram: 'opa, podemos tirar alguma coisa daí'" diz trecho da delação. 

11h00 - O lobista Rowles Magalhães também foi citado na leitura do documento. 

10h57 - Wilson Santos pergunta se houve algum interesse obscuro na escolha do VLT. Eder nega e diz que isso é uma ilação. O deputado lê a delação do acusado e fala sobre corrupação na troca de modais. Eder ri, por conta dos palavrões. 

10h52 - O valor das passagens, segundo Eder, seriam de R$3,75. Ele conta que dois dias antes do RDC, ele foi exonerado e não sabe o porquê. " Me orgulho de ter feito parte da Copa, de ver os viadutos prontos. Também vou ver o VLT pronto, porque é isso que a população quer."

10h50 -  De acordo com o ex-secretário, vários órgãos foram convidados para que, antes de publicar o edital, fizessem as críticas ao vlt, mas não o fizeram. "Tivemos um alto nível de transparecia na nossa gestão."

10h48 - Pressionado por Santos, Moraes explica que o projeto completo do VLT não está entre os documentos levados por ele porque isto seria impossível, já que a obra não está pronta. 

10h45- Eder se mostra irritado e acusa o atual governo de usar sorrateiramente o nome do programa MT integrado, como uma ação desta gestão, sendo que os recursos teriam sido conseguidos por ele. 

10h41 - "Me acusam de atrocidades que não se comprovam. Dizem que paguei 100 milhões a encomind, sendo que paguei 30 milhões com tudo registrado, com notas fiscais emitidas", alega. 

10h38 - Eder critica a  falta de coragem do atual  governo em executar as obras e fala sobre o exagero na contratação de consultorias pela gestão, que, em sua opinião poderia já ter dado sequência às intervenções, inclusive ás obras do VLT. 

10h37 - Santos corrige a titulação acadêmica de Detoni, citado como doutor. " Rafael Detoni não é doutor, é mestre."

10h34 - O deputado também questiona se havia um plano de mobilidade urbano. Eder defende que sim e explica que há 340 páginas deste plano, coordenado por Rafael Detoni, doutor em mobilidade urbana. "Não sei porque isso não foi divulgado pela mídia, estava em vários sites do governo. Este estudo é algo que orgulha qualquer técnico."

10h32 - O deputado Wilson Santos questiona a capacidade financeira do Estado de executar as obras anunciadas.

10h30 - O presidente da Comissão, Oscar Bezerra pede por celeridade nas respostas. 

10h25 - O depoente mantém a versão de que Silval Barbosa haveria mandado atrasar a obra da Arena e relata que no momento no qual se começou a dar as ordens de serviço, ele foi retirado da Secopa, questionando o por quê desta atitude. "Por que retirar um gestor que colocou as obras na rua? Pq tirar um gestor que estava com a arena tão avançada? Isso é um fato importante para a CPI"

10h15 - "Tenho certeza que esse processo não será levado pra frente porque não há motivos pra isso", afirma. 

10h13 - Ele explica que a aquisição foi cancelada pelo governador por conta da pressão. Assim, os mesmos órgãos que o autorizaram a contratar, mandaram que fosse cancelado o processo. Ação realizada contra sua vontade. 

10h11 - Eder afirma que houve perseguição política por parte da mídia. Movimento capitaneado por dono de um veículo que seria candidato à prefeitura de Cuiabá na próxima eleição. 

10h08 - Pagamento ao Coman foi autorizado pelo governo do Estado. 

10h03 - A justificativa para a aquisição é a extensão das fronteiras, este processo então auxiliaria no combate ao tráfico. 

09h59 -  De acordo com o ex- secretário, o parecer para a compra das Land Rover era favorável por parte do CMDTE e do Gefron e há um parecer técnico expondo os motivos.  " Os Documentos das Land Rovers foram feitos por Carlos Brito e já  estavam prontos.  Recebi em fase de finalização." 

09h54 -  Alega que todas os gastos com consultorias realizadas para o evento estão comprovados nos documentos levados por ele. "Mais de 35 mil páginas que comprovam que o trabalho foi feito com honestidade."

09h50 - No que diz respeito ao caso das Land Rovers, contou que  R$78 milhões estavam disponíveis para consultorias e que quando assumiu, só absorveu uma delas. Segundo ele, apenas cumpriu uma determinação de governo para a compra dos veículos e fez economia. 

09h47 - "Não existe nada que tenha feito com a consciência e anuência do governador do Estado, nenhum meio fio era feito sem ele saber". Disse ao explicar que as decisões não eram tomadas exclusivamente por ele, mas sim debatidas antes e levadas ao chefe de Estado. 

09h45 - Afirma que o Estado só  tinha dinheiro pra financiar a Copa, por isso queríamos fazer muita coisa. Ressaltou o despreparo de quem conduzia a Agecopa

09h40 - Com relação ao andamento dos projetos no momento em que assumiu a Secretaria, contou que havia a concepção do projeto do BRT, e que a escolha do modal do VLT se deu no âmbito do governo, uma decisão política traga por Riva. "Os projetos estavam prontos, transformar as estruturas não atrasaria o cronograma para a Copa."

09h37 - Segundo ele, o modelo da Agecopa não funcionava e era ineficiente. Citou Roberto França, Carlos Brito, Yenes Magalhães, dentre outros. 

09h34 - "Em três anos nada foi feito. Ganhei carta branca do governador pra criar algo novo (Secopa)"

09h32 - O depoente conta que não participou da criação da Agecopa, que era totalmente insobordinada ao governo, mas participou ativamente de sua finalização. "Todos mandavam mas só um respondia. Eram sete reis."

09h30 - Eder Alega que Arena era a única obra em adamento, por isso aceitou o convite para a Secretaria. Ele destaca que advertiu a  grande dificuldade de que as obras saíssem do papel. 

09h23 - Eder Moraes levou para apresentação aos deputados a quantia de 35 mil páginas em documentos. Ele afirmou aos presentes na Comissão que somente possui relações profissionais com os investigados na CPI. 

09h05 - Os deputados que integram a Comissão chegam ao auditório. O ex-assessor da Secopa, João Paulo Curvo Borges, um dos depoentes, não falará hoje, mas também já está no local. 

09h05 - Eder Moraes chega à Assembleia. Rebatendo as acusações de Pedro Taques,  diz que as obras não foram executadas por burros, mas sim por profissionais inteligentes e preparados. Ele não quis falar falar sobre a documentação que levaria comprometendo o governador disse que sempre defenderá o VLT. 


 
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