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Wellington Fagundes deve assumir liderança do governo Dilma no Senado após prisão de Amaral

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

O senador mato-grossense Wellington Fagundes (PR-MT) deve assumir a liderança do governo Dilma Rousseff, no Senado, em substituição ao colega Delcídio Amaral (PT-MS), preso nesta quarta-feira (25),   por determinação do ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Delcídio foi detido pela Polícia Federal preso por tentativa de obstruir o trabalho do juiz Sérgio Moro e a investigação da Operação Lava-Jato.

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Hábil no trato com os colegas, a escolha de Wellington foi um dos resultados da reunião, no Palácio do Planalto, entre os ministros Jaques Wagner, da Casa Civil:  Ricardo Berzoini, de Governo; e Edinho Silva, de Comunicação. É a primeira vez em mais de 13 anos em que a liderança não é exercida por um senador que não é do PT ou PMDB.
 
Wellington Fagundes não atende nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. Via assessoria, avisou que somente iria se manifestar quando tiver “o anúncio oficial” do Planalto.
 
Em verdade, Fagundes ainda enfrenta resistência em parte da  bancada petista no Senado, contrária à sua escolha. Alguns desejam que  que um petista substitua Delcídio, como  o também vice-líder, senador Paulo Rocha (PT-PA).
 
A rebelião começou quando o Planalto se comunicava com os líderes partidários do Senado. Por isso, de acordo com um ministro palaciano, será feita uma negociação durante o dia até que seja oficialmente anunciado quem responderá interinamente pela liderança do governo. Fagundes continua sendo o nome mais forte.
 
Quase três décadas

Natural de Rondonopolis (MT), Wellington Fagundes é médico veterinário e empresário. Se elegeu deputado federal, pela primeira vez, em 1990. Depois disso, emplacou seis mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados.
 
Em 2014, se elegeu senador da República quebrando um paradigma, em Mato Grosso: nunca um senador de oposição havia sido eleito.
 
Historicamente, sempre foi da base governista: Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e, agora, Dilma Rousseff. Nunca militou na oposição. 
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