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Após início de impeachment, Mauro Mendes prega paz para Brasil superar crise econômica e política

Da Redação - Laíse Lucatelli

O evento que tratou da vinda da tocha olímpica a Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (3), foi marcado por discursos pregaram a trégua nas “guerras” que ocorrem no país. As declarações vieram no dia seguinte ao anúncio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que daria início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

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O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), surpreendeu e pregou a trégua para vencer a crise que o país passa, em um discurso que soou como governista. “Quando os gregos criaram os jogos olímpicos, 2500 anos antes de Cristo, os povos selavam a paz para realizar os jogos. Vivemos um momento difícil da nossa história e talvez selar a paz seja o que precisamos no nosso país para enfrentar os problemas econômicos e políticos que vivemos”, afirmou.

O ministro do Esporte, George Hilton (PRB), aproveitou a deixa e também pregou a paz na política brasileira durante seu discurso. “A fala do prefeito sintetiza nosso sentimento no Ministério do Esporte. A tocha tem o simbolismo de uma chama que não se apaga e sempre ilumina. Os povos da Grécia davam trégua nas guerras para reverenciar o fogo. Tem que acabar com todas essas guerras no Brasil. Acabar com o quanto pior, melhor”, declarou.

Após, em entrevista, George Hilton limitou-se a defender o governo federal ao ser questionado se estava se referindo ao impeachment de Dilma. “Temos hoje um planejamento enorme no país com obras de infraestrutura urbana, que apontam também para o desenvolvimento do agronegócio. Temos muitas coisas à frente e não podemos comprometer uma agenda tão positiva, como é o caso do esporte, já que queremos nacionalizar a Olimpíada e levar equipamentos esportivos para todo o país”, afirmou.

Tocha olímpica

A tocha olímpica será acendida em Olímpia, na Grécia, e virá para o Brasil, onde passará por todos os estados antes de seguir para o Rio de Janeiro (RJ), sede das Olimpíadas 2016, que começam em 5 de agosto do próximo ano. Em Mato Grosso, a tocha ficará dois dias e passará pelos municípios de Várzea Grande, Cuiabá e Chapada dos Guimarães.

O prefeito Mauro Mendes prometeu que a capital mato-grossense fará uma recepção marcante para a tocha olímpica. “Para nós será uma honra muito grande fazer parte dessa história. Eu garanto que não vai ter recepção mais calorosa que a Cuiabá e Várzea Grande. Literalmente calorosa, tanto no clima quanto no calor humanos”, afirmou.

O governador Pedro Taques (PSDB) prevê que os três municípios contemplados ficarão mais conhecidos no mundo todo, devido a repercussão das Olimpíadas. “A tocha será recebida pelo conhecido calor cuiabano e várzea-grandense. Vamos oferecer muito calor humano, muita comida quente, e fazer com que os jornalistas conheçam nosso estado e levem uma imagem positiva de Mato Grosso para o mundo”, disse.

No total, o comitê vai selecionar 80 artistas plásticos em todo o país e um show musical por estado para se exibirem nos jogos. A ideia do Governo Federal é aproveitar a vitrine das Olimpíadas para mostrar o potencial do Brasil.

Investimentos em MT

No evento, o ministro informou que vai entregar, antes das Olimpíadas do Rio de Janeiro, que começam em agosto de 2016, centros de iniciação esportiva nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Cáceres. Os centros serão locais adaptados para até 20 modalidades, sendo 13 olímpicas, 6 paralímpicas e 1 não olímpica.

“Formaremos uma rede nacional de treinamentos para o atleta não precisar sair da sua cidade e estado para treinar. O grande desafio hoje e combater o sedentarismo, pois 45% da população brasileira é sedentária. Isso traz consequências à saúde pública e à segurança pública”, afirmou George Hilton. 
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