Considerada ‘linha dura’ e radicalmente contrária ao Palácio do Planalto, a chapa 2, encabeçada pelos líderes de oposição, entre os quais o deputado mato-grossense Nilson Leitão (PSDB), vai formar a Comissão Especial responsável por investigar a presidenta Dilma Rousseff (PT) e emitir parecer se deve ou não ser afastada do cargo, por 180 dias. Leitão comandou tucanos e aliados na articulação e o resultado foi esmagador 272 votos para a oposição e 199 para o chapa governista.
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O próprio Nilson Leitão liderou a comemoração com gritos de "impeachment, impeachment", contagiando os deputados em plenário, enquanto parlamentares da base governista estenderam uma grande faixa com a inscrição "não vai ter golpe".
Por sua atuação na base oposicionista nos últimos, em especial neste início de legislatura, conforme o
Olhar Direto havia antecipado, Leitão conquistou a confiança da Executiva Nacional do PSDB e tem chances de ocupar cargo de destaque na Comissão Especial – relatoria ou até mesmo a presidência.
O presidente da Câmara Federal, deputado fluminense Eduardo Cunha (PMDB), não revelou seu voto, mas validou a votação.
O PC do B entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede que a eleição da comissão seja feita por voto aberto. Até as 18h42 desta terça-feira, o Supremo não havia ainda se pronunciado.
Houve confronto entre parlamentares em plenário e, com a confusão, o equipamento de duas das cabines foi danificado. A cabine conta com uma tela sensível ao toque e um aparelho de biometria para conferir a impressão digital dos deputados.
O Regimento Interno determina que todos os partidos terão representantes na Comissão Especial de Impeachment de 65 deputados.