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Oscar Bezerra determina condução coercitiva para testemunha comparecer à CPI das Obras da Copa

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

O adiamento pela segunda vez consecutiva de seu depoimento à CPI das Oras da Copa do Pantanal na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (9), pode custar caro ao lobista Rowels Magalhães. O presidente da CPI, deputado Oscar Bezerra (PSB), determinou que seja trazido por “condução coercitiva” para  prestar depoimento, principalmente para esclarecer o suposto pagamento de R$ 80 milhões de propina para escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal.  

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“Isso é um ato desrespeitoso [faltar ao depoimento sem justificativa plausível]. De uma forma ou de outra vai ter que vir. Por bem ou por mal”, argumentou Bezerra, para a reportagem do Olhar Direto, sobre a nova pedalada de Rowels, que alegou motivos particulares.
 
“Ele enunciou R$ 80 milhões de propina. Tem muito o que nos explicar. Talvez nesse prazo de ma semana e pouca que falta [para o recesso parlamentar]  não seja possível, mas, sim, teremos o prazer de ouvi-lo na CPI das Obras da Copa do Mundo”, assegurou o presidente.
 
Oscar Bezerra lembrou que 9 de dezembro foi data marcada pelo próprio Rowels Magalhães. “Ele não veio no dia 1 de dezembro e justificou por escrito a existência de compromissos previamente agendados. Eu acredito que esteja correndo da raia ou tenha esconder alguma coisa, sim, para esconder. Está sempre marcando e protelando a sua turma”, argumentou ele.
 
A CPI considera o depoimento do lobista como essencial para descobrir se houve ou não pagamento de propina na escolha do modal.  “Enquanto ele não vem, vamos focar a equipe técnica da CPI para pedir informações mais aprofundadas a respeito desse elemento que tem influência muito grande no processo. Era o grande lobista, como proprietário da empresa Infinity. Ele participava das transações e conversações com todos os consórcios”, completou Bezerra.
 
Apesar dos atrasos, a expectativa de que a CPI seja concluída até março de 2016 está mantida.  “Devemos finalizar a CPI até final de marco. Perdemos uma semana, mas ainda não há necessidade de adiamento”, emendou o vice-presidente da CPI, deputado Wagner Ramos (PR). 
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