Os deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Fábio Garcia (PSB) classificaram a situação do presidente da Câmara dos Deputados Federais, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)  como 'muito delicada'. Cunha é alvo de um processo na Comissão de Ética da Câmara e passou a é investigado Operação Lava Jato.

“É delicada a situação dele (Eduardo Cunha), bastante”, comentou o deputado federal Nilson Leitão. O parlamentar tem se destacada em nível nacional devido a participação em várias discussões de temas polêmicos, como demarcação de terras indígenas e agora o impeachment. Já foi apoiador de Cunha, mas tem se afastado.

Fábio Garcia ainda faz a ressalva para que a Câmara tenha soberania para decidir o futuro de Eduardo Cunha. “A situação dele é claramente delicada. Mas, eu espero que o processo que corre na Comissão de Ética seja resolvido na própria Câmara Federal. Que seja votado e decidido lá”, disse Garcia.

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O deputado federal do PSB já se mostrou descontente em situações que questões daquela Casa de Leis foram resolvidas na Esfera Judicial. Ele, assim como Leitão, considerou infeliz a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito do impeachment.

“O regimento é claro quando a possibilidade de eleição. Se tem eleição é preciso haver outra chapa, senão é aprovação”, comentou Garcia. De acordo com ele, é histórico a Câmara Federal trabalhar com eleições avulsas, como no caso da escolha do presidente e vice-presidente da Casa. “Por que só com isso precisa ser diferente?”

No último dia 15, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Cunha. Segundo a Procuradoria-Geral, Cunha recebeu pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras e mantinha esse dinheiro em contas secretas em bancos suíços, cuja existência negou, mas que foi comprovada pela própria Justiça do país.