O licenciamento de veículos no mês passado teve queda de 0,7% em comparação com fevereiro de 2008, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo o presidente da entidade, Jackson Schneider, a explicação foi o menor número de dias úteis que fevereiro de 2009 teve em relação a fevereiro de 2008.

Já na comparação com janeiro, o licenciamento cresceu 1%. Os números foram divulgados hoje (9) pela Anfavea.

Um fenômeno observado pelo departamento de Estatística da Anfavea foi o crescimento de 3% de pagamentos à vista. Ao total, em fevereiro, 43% dos carros foram vendidos à vista.

Uma das maiores quedas no setor foi notada nas exportações. O país que menos comprou do Brasil foi o Chile – comparado com o ano anterior, as vendas caíram 80%. Em seguida, vêm a Argentina (68%) e o México (60%).

Schneider não fez previsões para o setor e disse que não tem conversado com o governo sobre a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“Este tema não está na nossa agenda”, disse. Segundo ele, a medida foi adotada na direção certa. “Vendemos de 15% a 20% a mais do que se a medida não tivesse sido editada”, afirmou referindo-se à redução de IPI sobre veículos instituída pelo governo no final do ano, como forma de amenizar os efeitos da crise financeira internacional. As centrais sindicais têm se manifestado a favor da prorrogação aliada à preservação dos empregos.

A medida passou a valer no dia 12 de dezembro, com validade até 31 de março. Carros de até 1.000 cilindradas, que antes pagavam alíquota de 7% de IPI, passaram a ficar isentos do recolhimento do imposto. Carros de motores mais potentes tiveram o imposto reduzido.