Imprimir

Notícias / Brasil

Foliã do Cordão da Bola Preta representa a renovação do bloco

G1

Juli Prado, foliã do Cordão da Bola Preta, é a cara da renovação do bloco mais antigo do carnaval do Rio de Janeiro. Estudante de jornalismo, ela também trabalha com eventos e é aprendiz de bartender. Mas seu maior encanto é o carnaval de rua da cidade, mais especificamente o bloco pelo qual se apaixonou há dez anos.
A integrante do Cordão da Bola Preta é a segunda de cinco candidatas que estão sendo apresentadas esta semana e que concorrem ao título de Musa dos Blocos do Rio, em eleição promovida pelo G1 a partir desta quarta-feira (13). Todas as candidatas – escolhidas pelo site – têm alguma relação com algum bloco de carnaval de rua carioca e são foliãs apaixonadas.

O Cordão do Bola Preta sai no dia 6 de fevereiro, sábado de carnaval, a partir das 9h30, com concentração na Rua 1º de março, no Centro do Rio. A RioTur estima que 1 milhão de pessoas vão participar do desfile do Cordão do Bola Preta, que completa 97 anos em 2016.

Paixão pela festa nas ruas
Quando pequena, Juli não costumava se fantasiar e participar do carnaval. Ela conheceu a folia dos blocos quando, aos 16 anos, foi levada por uma amiga para brincar nas ruas da cidade com outros cariocas e turistas.

“A minha relação com o Cordão da Bola Preta é desde a época de escola. Em 2005, uma amiga da escola me convidou e foi a minha primeira vez. Eu fui vestida de anjo negro. Eram milhares de pessoas e eu fiquei maravilhada com aquela imagem, do bloco arrastando aquela multidão. E a partir daquele momento, minhas idas ao bloco ficaram frequentes. Eu também passei a frequentar a sede do bloco, ir às festas e fui conhecendo as pessoas”, contou a foliã.

Depois de conhecer a grandiosidade do bloco, que foi fundado em 1918, ir ao Bola Preta passou a ser um momento muito esperado. “Foi se tornando uma paixão. Eu nem era tão apaixonada pelo carnaval, mas depois desse dia do desfile do Bola Preta eu me encantei e vi que era uma parte da minha cultura que eu comecei a conhecer. Eu sempre saio fantasiada com as minhas amigas, em grupo”, explicou Juli.

A partir do momento em que se encantou com o Bola Preta, as idas passaram a não ficar restritas somente aos dias de carnaval. Juli Prado é figura fácil nas festas na sede do bloco, na Rua da Relação, no Centro.

“O bloco tem uma história legal, está aqui há várias gerações. Tem alegria, é como se fosse uma família. Há pais que trazem os filhos e depois os netos. Tem uma tradição. E aqui tem uma produção cultural mais alternativa. Há festas ao longo do ano com músicas nacionais”, afirmou Juli.

A foliã se considera uma das representantes da renovação do Cordão da Bola Preta, que quase um século após a fundação, segue arrastando uma multidão pelas ruas do Centro. Ela prefere a diversão das ruas da cidade do que a do Sambódromo.

“Durante muito tempo, o carnaval de rua foi sacramentado no Sambódromo. De um tempo para cá, as pessoas redescobriram os blocos de rua e como eles são legais. É um evento que trás um número de turistas altíssimo para a cidade. E o que é melhor, cada bloco tem a sua cara. Eu gosto do carnaval de rua, em que a gente sai e brinca, sem precisar pagar”, decretou Juli Prado.

Esporte para manter a forma
Atualmente, Juli termina a faculdade de jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Ela busca um estágio na área e trabalha em eventos e restaurantes. Também é aprendiz de bartender, atividade que aprendeu durante uma vivência de um ano e meio na Austrália.

Durante este período no exterior, a estudante chegou a engordar dez quilos. Porém, já emagreceu com dieta e com uma modalidade pela qual se apaixonou: o muay thai, que pratica há quase um ano.

Para fortalecer os músculos da perna, melhorando o desempenho no esporte, ela também se dedica à musculação. Ela se considera uma pessoa com uma vaidade saudável.

 
Imprimir