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Notícias / Economia

Encontro entre Fórum e Fiemt cobrará providências para a retomada das obras

Da Redação/Com Assessoria

O Fórum Pró-Ferrovia, de caráter suprapartidário e com representatividade de diversos segmentos da sociedade civil organizada, se reúne no próximo dia 16, na sede do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), para discutir a retomada das obras da Ferronorte, que estão interrompidas em Alto Araguaia (419 km de Cuiabá). O encontro na Fiemt ocorre a partir das 8h30, com a presença do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que já está confirmada. O presidente do Sistema Fiemt, Mauro Mendes, ressalta que a reunião será pautada pelas questões técnicas que envolvem o assunto. “É uma reunião de trabalho e não política. Nosso interesse é ‘cobrar’ para que a ferrovia chegue a Cuiabá, portanto e sairemos desse encontro com uma resolução prática”.

De acordo com o presidente do Fórum, vereador Francisco Vuolo, no início de 2008, os dirigentes do Fórum Pró-Ferrovia estiveram em Brasília, onde se reuniram com os ministros dos Transportes, Alfredo Nascimento, e da Fazenda, Guido Mantega, quando foi dada a garantia do lançamento da Ordem de Serviço para a retomada das obras. Na mesma oportunidade, ocorreu a assinatura de um Termo Aditivo para liberação de R$ 700 milhões para o reinício das mesmas, o que acabou não acontecendo.

Na terça-feira passada (3), a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) mandou publicar, no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução 3.042, de 17 de fevereiro de 2009, autorizando o Projeto Executivo de Engenharia elaborado pela América Latina Logística Malha Norte S/A (ALL), empresa responsável pela construção da ferrovia e também concessionária por um período de 90 anos, renováveis por mais 90 anos, a executar 13 quilômetros da obra, no trecho entre Alto Taquari e Rondonópolis (Região Sul de Mato Grosso), o que é considerado pouco pelo vereador.

“Não é o que nós queremos. Tivemos uma audiência pública em Brasília e lá foi colocada, claramente, a montagem da engenharia financeira necessária para a construção do trecho até Rondonópolis e a definição do traçado até Cuiabá, para a qual seria formada uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), uma empresa que ficaria incumbida de fazer a captação de R$ 700 milhões para cobrir o custo desse trecho", disse Vuolo. Além disso, segundo ele, também deveria ser realizado o Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), no trecho que compreende a localidade de Mineirinho (60 km ao Sul de Rondonópolis), passando por Rondonópolis e chegando a Cuiabá.

Vuolo disse que vai aproveitar a reunião na Fiemt, na qual estarão presentes além dos diversos segmentos sociais, toda bancada federal, prefeitos e vereadores dos municípios da Baixada Cuiabana, que serão beneficiados diretamente pela ferrovia, para discutir esses assuntos. “Deixamos o Fórum quieto durante o segundo semestre do ano passado por se tratar de um ano eleitoral e muita gente poderia confundir nossas ações pró-ferrovia com tentativa de benefício eleitoral. Agora, passado o período eleitoral, vamos retomar com muita disposição essas negociações”, completou o presidente do Fórum.
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