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Janaina Riva diz que chapa de consenso pode ser boa se Pinheiro mantiver independência na Mesa Diretora

Da Redação - Laíse Lucatelli

A deputada estadual Janaina Riva (sem partido) vê com bons olhos a formação de uma chapa de consenso para a eleição da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que una oposição e situação, desde que isso não afete a independência do representante da oposição, Emanuel Pinheiro (PR).

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O deputado vem sendo apontado como possível candidato a presidente da Assembleia, e até o momento seu único rival é o atual vice-presidente, Eduardo Botelho (PSB). Apesar de defender a renovação dos atuais membros da Mesa Diretora e a desvinculação da base governista, Janaina entende que uma negociação, com renovação parcial, é possível.

“Acho que pode ser, sim, ter uma chapa mista. Mas, nesse caso, o Emanuel deveria ter independência dentro da chapa. Ele não pode ser submisso ao Botelho, que é já da base do governo do estado. Senão seria mais do mesmo. E essa é nossa preocupação. Não acho que o discurso do Emanuel possa se perder se ele fizer essa composição. Vai depender da postura dele dentro da Mesa Diretora. Ele pode ser um 1º secretário com independência e defender posições diferentes do presidente da Casa”, avaliou Janaina.

A proposta de chapa de consenso vem sendo defendida por Botelho, que quer convencer Pinheiro a fazer parte da chapa encabeçada por ele. O republicano, porém, não tem demonstrado interesse na composição. Como a eleição da Mesa Diretora será somente em setembro, com posse em 2017, ainda há sete meses para discussão e definição de candidaturas.

Submissão

Janaina criticou, ainda, o fato de atual Mesa ser muito ligada ao governo. O presidente, Guilherme Maluf (PSDB), é do mesmo partido do governador Pedro Taques; o vice Botelho também é da situação; e o 1º secretário, Ondanir Bortolini “Nininho” (PR), apesar de ser de um partido de fora da base, tem pautado seu mandato por uma atuação governista.

Por isso, para a única deputada de Mato Grosso, é importante ter membros da oposição na gestão da Assembleia. “Não vejo porque a Mesa tem que ser submissa ao Governo do Estado. E acho importante até que não seja. Aí sim o trabalho da Assembleia vai ser ressaltado e as pessoas vão conseguir identificar o contraponto que hoje não existe”, acredita. 
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