Imprimir

Notícias / Brasil

Defesa de Suzane entrega argumentação e Justiça analisa pedido de regime semiaberto

Folha Online

A juíza Sueli Armani de Menezes, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté (a 140 km de São Paulo), analisa nos próximos dias se Suzane von Richthofen tem condições para cumprir sua pena em regime semiaberto. Nesta segunda-feira (3), a defesa protocolou na Justiça seus argumentos sobre os laudos criminológicos da jovem. Na semana passada, a Promotoria emitiu parecer contrário à progressão da pena com base nestes exames.

Condenada a 38 anos de prisão em regime fechado por participar do homicídio dos pais, ocorrido em 2002, Suzane está presa na penitenciária de Tremembé (147 km de SP). Os exames criminológicos foram solicitados pela Justiça para avaliar se ela já tem condições de deixar a prisão.

À Folha Online, o advogado Denivaldo Barni afirmou que só irá se pronunciar sobre os resultados dos exames e o parecer do Ministério Público após a decisão da Justiça.

Ao emitir um parecer contrário ao benefício a Suzane, o promotor Paulo José de Palma, da VEC (Vara de Execuções Criminais) de Taubaté, avaliou tanto o parecer técnico da unidade prisional --realizada por sete funcionários da penitenciária-, quanto os resultados dos exames criminológicos, que contou com participação de dois psicólogos, um assistente social e dois psiquiatras.

Na ocasião, Palma afirmou que Suzane ainda não estava preparada para deixar a prisão, e atribuiu a decisão ao "comportamento dissimulador" da detenta. "Ela tem um comportamento dissimulador e manipulador e, portando, não reúne condições para voltar à liberdade, pelo menos, não neste momento", afirmou o promotor à Folha Online.

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) informou que não há uma data para que a decisão sobre o caso seja divulgada.

Os requisitos legais para a presa passar o restante da pena em estabelecimento de regime semiaberto são o cumprimento de um sexto da pena e um atestado de bom comportamento emitido pelo diretor do presídio. O atestado foi expedido pela direção da penitenciária em que Suzane está.

Caso a Justiça decida seguir o parecer da Promotoria, a defesa de Suzane poderá solicitar novamente a progressão para o regime semiaberto. Apesar de não haver um prazo legal para fazer o novo pedido, o comum é aguardar cerca de seis meses para solicitar o benefício novamente.

Caso

Suzane foi condenada por participar do homicídio dos pais, Marísia e Manfred. Ela confessou ter auxiliado o namorado na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian --ambos também condenados.
Imprimir