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Romoaldo critica veto do PSDB a alianças com o PMDB e diz que Maggi só pensou em si

Da Redação - Laíse Lucatelli

O deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB) criticou o recuo do senador Blairo Maggi (PR) em se filiar ao PMDB, e afirmou que o senador não está pensando em seu futuro político e nos aliados ao tomar a decisão. Ele destacou o sentimento de frustração que predomina no PMDB em função do recuo, já que todos esperavam a adesão do senador. Ele chegou a se filiar simbolicamente ao partido, com toda a pompa, durante convenção nacional do PMDB, em novembro de 2015.

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“Blairo Maggi é uma liderança em todo o estado de Mato Grosso e para o partido seria importantíssima a vinda dele, reforçando a janela que permitiria vir lideranças novas para disputar eleições. A frustração dentro do PMDB foi muito grande. A gente não entende o pensamento do senador Blairo Maggi. É lamentável. Eu acho que o senador Blairo Maggi pensou mais nele do que no partido e no futuro político dele. Porque tem um monte de políticos que vão se eleger no PMDB em 2016 sem compromisso com ele no futuro”, disse Romoaldo, em entrevista à Rádio Capital.

Na avaliação do parlamentar, Maggi deveria se filiar ao PMDB e fazer os enfrentamentos que a entrada no partido causaria – inclusive com relação às eleições municipais e ao veto imposto pelo PSDB e pelo governador Pedro Taques a alianças do grupo político da situação com o PMDB, em todos os municípios do estado. Ele lembrou que muitos no PMDB têm vontade de apoiar a possível campanha de reeleição do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), e que Maggi não estaria sozinho ao fazer esse enfrentamento e apoiar seu afilhado político.

“Se for por isso (pelo desejo de apoiar Mauro), é lamentável. Eu fiz o enfrentamento e vários partidos estão fazendo o enfrentamento, pois têm simpatia em apoiar Mauro Mendes. Blairo poderia estar no PMDB e fazer esse enfrentamento. Até porque não cabe ao PSDB barrar a coligação do PMDB com o PSB. O palanque não é deles, o palanque é do prefeito Mauro Mendes. Só ele tem a competência e autonomia para montar o seu palanque. Não cabe ao PSDB nesse ato ditatorial proibir qualquer coligação ou apoio a determinada candidatura. Onde o palanque for do PSDB, ele tem o direito de vetar o partido que achar correto”, disparou.

Romoaldo criticou, ainda, a decisão do grupo governista de barrar o PMDB no palanque nos 141 municípios, por terem sido oposição ao governo de Silval Barbosa (PMDB), hoje preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). O deputado acredita que a decisão pode ser revista para aceitar alianças históricas entre PMDB e PSDB em alguns municípios.

“O governo do PMDB acabou. O governo agora é do PSDB, e o PMDB tem ajudado. O governador combateu o governo de Silval Barbosa, mas não o PMDB como um todo. O PMDB tem grandes quadros e pessoas que erraram e acertaram, como todos os partidos. Eu fui líder do governador Silval Barbosa na Assembleia e sei da luta que ele fez para ter essas obras da Copa, e melhorar Cuiabá. As falhas e irregularidades têm que ser investigadas pelo Ministério Público e pela Justiça. Se ficar só olhando para o passado e não olhar para a frente, vamos perder Mato Grosso”, afirmou.
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