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NFL chega ao Rio para buscar cheerleaders e derrubar rótulo do 'rostinho bonito'

ESPN

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'Garimpeiros' tentam achar moedas de ouro que Eike jogou para Iemanjá[Dolphins Cheerleaders] © Getty Dolphins CheerleadersDanças, sorrisos e pompons. À primeira vista, a função de cheerleader pode parecer algo exibicionista, vaidoso e de natureza adolescente. No entanto, de acordo com o Miami Dolphins, da NFL, que nesta quinta-feira estará no Rio de Janeiro em busca de animadoras brasileiras para a franquia, a profissão vai bem além disso.

Na cultura dos Estados Unidos, ser uma cheerleader é posição considerada importante e tratada como um trabalho sério por quem entra neste mundo. Além dos jogos, as garotas precisam cumprir diversas tarefas extracampo. Quem explica é a diretora de entretenimento do time da Flórida, Dorie Grogan.

Uma das responsáveis pela seletiva, a dirigente revelou ao ESPN.com.br a rotina das animadoras e detalhou a função, que impõe uma agenda apertada de compromissos. Logo, a performance ao lado do campo nos jogos da equipe em casa é quase um detalhe com o número de obrigações.

"Uma cheerleader do Miami Dolphins é uma embaixadora do time e representa a equipe em eventos da comunidade, visitas a hospitais e escolas, além de animar na lateral do campo em todos os jogos da equipe em casa", disse. "Ser uma cheerleader é um compromisso em tempo integral. Elas treinam três noites por semana, por quatro horas, e o resto do tempo é gasto representando o time."

Seleção e treinos 

No Brasil, a busca é por diversidade e carisma. O Miami Dolphins se orgulha de ter um time de animadoras repleto de pessoas com outras nacionalidades. O projeto também faz parte de uma política de expansão da NFL. O crescimento no mercado brasileiro é visto com bons olhos pela liga, que planeja a realização do Pro Bowl (Jogo das Estrelas) no Maracanã, em 2017.

"Nós estamos procurando por mulheres com muita energia, grande personalidade, que amem dançar e amem as pessoas. Esta é uma oportunidade espetacular para estas mulheres poderem fazer parte de um time de elite", aponta.

"Uma vez que a cheerleader entra para a equipe, em maio, nós começamos os ‘bootcamps': elas treinam por quase seis meses aprendendo todas as coreografias, entrando em forma, aprendem a arrumar o cabelo, a maquiagem, preparando-se para a temporada", conta. De acordo com Grogan, a preparação de uma cheerleader para a temporada da NFL é intensa, com treinos três vezes por semana. A rotina fica mais forte nos dias de jogos.

"Quando os jogos começam, os treinamentos seguem todas as semanas, terça, quarta e quinta-feira com treinamentos para o jogo, algumas vezes nos sábados, na véspera do jogo. No domingo, turno de oito horas, treinando antes e atuando durante a partida", aumenta.

Preconceito

Claro que as garotas convivem com questionamentos sobre a função. Há quem diga que a função da cheerleader é "fútil" e sexista, que são apenas mulheres bonitas entretendo o público. Mas Grogan prefere rebater as críticas ao dizer que é uma profissão que exige tanto quanto outras. Todas as garotas estudam para uma nova carreira no futuro e possuem tarefas diversificadas ao longo da semana.

"As cheerleaders do Miami Dolphins são garotas com talento, inteligência, educação e que trabalham duro. Além de serem animadoras, elas todas têm empregos em tempo integral, ou estudam, trabalhando em seu futuro, ou no próximo passo da carreira", completa.

A seletiva do Miami Dolphins acontece nesta quinta-feira (3), no hotel JW Marriott, no Rio de Janeiro. Para participar as interessadas devem ter 18 anos, ensino médico completo até o próximo mês de junho, passaporte válido e disponibilidade para participar de todos os ensaios para cheerleaders no período. Mais informações e inscrições
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