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Pedro Taques diz que data de hoje é histórica e mandados contra Lula mostram que ninguém está acima da lei

Da Redação - Laíse Lucatelli

O governador Pedro Taques (PSDB) acredita que esta sexta-feira (4) será uma data histórica para o país, da qual ele se lembrará daqui a 20 anos. Nesta manhã , o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para prestar depoimento na Operação Aletheia, a 24ª fase da Lava Jato. Para Taques, a operação tem mostrado o amadurecimento da democracia no Brasil, com instituições que funcionam.

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“As instituições estão funcionando. Nossa democracia está consolidada. Quem falar que isso é golpe, perseguição, está redondamente enganado. Isso é a demonstração da democracia. Sem fulanizar a conversa, mas esta data é importante para o Brasil. Penso que esta data seja importante”, declarou, durante entrevista coletiva no Fórum dos Governadores do Brasil Central, em Goiânia (GO).

Taques afirmou, ainda, que a lei vale para todos, e que espera que o Brasil seja um país mais limpo ao final das operações. “Espero que essa operação dê num Estado mais limpo, em que todos sejam iguais perante a lei. Não existe ninguém que esteja acima da lei. A lei não serve para beneficiar os amigos nem para prejudicar os inimigos. Todos somos iguais. Quem cometeu um ilícito tem que ser responsabilizado”, disse.

Questionado se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) faria parte da agenda de discussões do bloco Brasil Central, Pedro Taques desconversou, mas voltou a dizer que impeachment não é golpe, e está previsto na Constituição Federal. “Eu entendo que o impeachment não seja golpe, é uma construção constitucional. Mas precisamos falar um pouco mais do Brasil Central”, declarou.

Operação Lava-Jato

Nesta sexta, a Polícia Federal desencadeou a 24ª fase da Operação Lava-Jato e cumpriu ordens judiciais na  casa do ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. O Instituto Lula também é alvo da ação da PF. Ao todo, de acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. 
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