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Vendas do varejo despencam 10,3%, maior queda para janeiro desde 2001

Estadão

As vendas do comércio varejista recuaram 10,3% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a décima variação negativa consecutiva e o pior resultado para o mês desde o início da série da Pesquisa Mensal de Comércio, em 2001. Considerando todos os meses, a queda no volume vendido foi a mais acentuada desde março de 2003, quando teve retração de 11,4%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), todas as oito atividades do varejo tiveram variações negativas nessa base de comparação, com destaque para móveis e eletrodomésticos (-24,3%).

O grupo de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com -0,2%, ficou praticamente estável em relação a janeiro de 2015 e teve o melhor desempenho. No acumulado em 12 meses, o varejo registra queda de 5,2%, também o maior porcentual desde 2001.

Já na comparação com dezembro, as vendas caíram 1,5%. Nesse confronto, apenas duas atividades escaparam de uma retração nas vendas: os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+0,1%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+1,6%).

O principal destaque negativo também ficou com o grupo de móveis e eletrodomésticos (-4,3%). O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também recuou: -0,9%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 1,6% em janeiro ante dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal. Já na comparação com janeiro de 2015, sem ajuste, as vendas tiveram baixa de 13,3%. Até janeiro, a queda acumulada em 12 meses é de 9,3%.
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