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Com chances de título internacional, atletas levam nome de Mato Grosso ao mundo
Da Redação - Wesley Santiago
Mato Grosso estará bem representado em um dos maiores eventos internacionais de culturismo que acontece dos dias 01ª a 03 de abril deste ano, no Rio de Janeiro (RJ). Silvana Alves de Souza e Michelly Mato são duas das atletas do estado que estarão no Arnold Classic Brasil, que tem como um dos criadores o ator e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. Com grandes chances de título, elas contaram ao Olhar Direto como está sendo a preparação para a competição e também as dificuldades enfrentadas na dura rotina de treinos e falta de patrocínio.
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“O atleta vive em dieta. Porém, cinco meses antes do campeonato há uma preparação mais direcionada a ele. A alimentação fica mais restrita, da uma baixada no carboidrato. Os treinos ficam mais intensos, eu treino em torno de duas horas e meia por dia, de domingo a domingo. No geral, tenho o chamado ‘dia do lixo’, que é quando estamos liberados para comer o que quiser. Fico satisfeita com um dia só”, explica Silvana, que é da categoria Welness.
Já Michelly, que é da categoria Women's Physique, tem uma rotina diferente para se preparar para a competição: “A minha preparação nem sempre é igual. Cada preparação é única. Esta do Arnold eu estou montando de 12 semanas. Já me sinto preparada, atingi o que eu queria. Agora é segurar o peso para se apresentar no palco. Tem 16 anos que eu treino, há cinco anos que eu como o que eu devo comer, regrada. Fui convidada pelo presidente da federação para participar do estadual e depois não parei mais”.
Michelly ainda conta que faz diversos exames antes das competições para saber como está o corpo e em que deve concentrar a dieta. Porém, um dos empecilhos que ainda travam o surgimento de mais atletas em Mato Grosso é a falta de patrocínio: “Esse ano eu não iria competir. Estamos no momento de crise e a preparação é muito cara. Você gasta muito. Um biquíni de uma atleta gira em torno de mil reais e nós não queremos repetir. Eu acabei fazendo um textinho e pedi ajuda para algumas coisas, sem pedir dinheiro, consegui suplementação, academia, passagem e agora vou poder ir levar o nome de Mato Grosso para fora”, ressaltou a atleta que chegou a gastar R$ 28 mil na última preparação para o evento.
Silvana também endossa o pedido da colega de esporte: “Eu só tenho a academia AFC como patrocinador, o restante sou eu mesma que patrocínio tudo. É um esporte que custa muito caro e para sustentar não é fácil. Temos que bancar nutricionista, médico, alimentação que não é barata, assim como a suplementação. Eu acredito que deveria ser mais apoiado. Temos um potencial muito grande”.
Início
Competindo há apenas um ano e meio, Silvana disse que se apaixonou pelo esporte após ser convidada a concorrer em um dos concursos do estado: “Eu sou novinha nessa carreira de atleta, comecei há um ano e meio. Em 2014, iria acontecer o estadual aqui e o presidente da federação me convidou para participar, isso faltando um dia. Nem tinha me preparado. Subi no palco e fui vice-campeã. Depois disto eu gostei e em 2015 foram quatro títulos”.
Com um pouco mais de experiência, Michelly virou uma espécie de recrutadora de mulheres para o culturismo: “Acho importante frisar este convite para as mulheres. É um esporte saudável. Você vai comer bem, treinar e suplementar. Tem muita gente que tem condições de fazer algo muito bom. Na verdade, o seu principal concorrente é você. Sempre nos sabotamos. Arranjamos desculpas para não treinar, não comer direito. Poucos vão até o fim e acreditam em si. O campeonato é isso, chegar lá é uma grande vitória. Quando está confiante do que vai fazer, você está mostrando o seu trabalho, dando o seu show”.
Arnold Classic 2016
“A gente está se preparando para ganhar, o atleta se prepara sempre pra isso. Temos que agradar o gosto dos árbitros, porque depende muito deles. A categoria Welness, que é que participo, avalia a mulher como um todo. Simetria, beleza facial, tonos muscular. Não podemos ser muito definidas, nem secas. Não pode haver exagero, você tem que olhar e perceber que é uma mulher que treina, mas não perde a categoria de mulher feminina. É como se fosse um concurso de beleza”, explica Silvana. A competição tem início no dia 01º de abril e segue até o dia 03 do mesmo mês.
O Arnold Classic é um evento multiesportivo que abrange a maior feira de nutrição esportiva, lutas, performance e fitness do país, além de apresentar diversas competições olímpicas e não olímpicas e um congresso palestras nas areas de saúde, alimentação e atividade física com grandes nomes do cenário nacional e internacional. Em 2015 foram mais de oito mil atletas, gerando mais de 100 milhões em negócios.
Categoria Welness
A categoria Wellness foi criada em 2005 com o objetivo de agregar e levar aos palcos uma boa parcela das mulheres brasileiras frequentadoras das academias e salas de ginástica, que tinham o desejo de competir, porém, não se enquadravam em nenhuma das outras categorias existentes por possuírem uma certa desproporção de volume dos membros inferiores (coxas e glúteos) em relação a membros superiores (tronco e braços), e isso ocorre principalmente devido ao fato de boa parte delas treinarem seguindo o próprio padrão de beleza que é naturalmente encontrado e admirado no Brasil inteiro.
Dessa forma são atletas que possuem os glúteos e coxas mais volumosos, porém desenvolvidos segundo a forma feminina natural, deixando o físico voluptuoso, mas que em nada lembre as atletas das outras categorias que exibem maior volume, mas, com mais densidade, separação e definição ente os grupos musculares.
Categoria Womens Physique
A categoria foi oficialmente reconhecida em 2012 e é destinada a mulheres que querem elevar o seu nível de massa muscular e condicionamento ao máximo possível através de treinamento e dieta, porém respeitando-se a anatomia, volume e silhueta feminina. Desta forma, acabam por desenvolver um físico menos musculoso, ainda atlético e esteticamente agradável, ao contrário das antigas atletas do fisiculturismo feminino, que acabaram por perder a feminilidade nos últimos anos.
Para promover isso, os árbitros são constantemente relembrados ao fato que estão julgando uma nova proposta de categoria, diferente da antiga categoria Fisiculturismo Feminino. O tipo de musculosidade, a vascularização, a definição e a desidratação muscular vistas em antigas atletas Fisiculturistas não são aceitas no julgamento das atletas desta categoria.
Currículo
Silvana foi campeão estadual em 2015. Além disto, ela ficou no Top 5 do Arnold Classic daquele mesmo ano e no Top 3 do Campeonato Brasileiro. Já Michelly é bicampeã estadual na categoria Bodyfitness, ficou no Top 3 do Campeonato Sul-Brasileiro e no Top 10 do Arnold Classic. As duas tem o apoio da academia AFC, que disponibiliza o espaço para os treinamentos.
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“O atleta vive em dieta. Porém, cinco meses antes do campeonato há uma preparação mais direcionada a ele. A alimentação fica mais restrita, da uma baixada no carboidrato. Os treinos ficam mais intensos, eu treino em torno de duas horas e meia por dia, de domingo a domingo. No geral, tenho o chamado ‘dia do lixo’, que é quando estamos liberados para comer o que quiser. Fico satisfeita com um dia só”, explica Silvana, que é da categoria Welness.
Já Michelly, que é da categoria Women's Physique, tem uma rotina diferente para se preparar para a competição: “A minha preparação nem sempre é igual. Cada preparação é única. Esta do Arnold eu estou montando de 12 semanas. Já me sinto preparada, atingi o que eu queria. Agora é segurar o peso para se apresentar no palco. Tem 16 anos que eu treino, há cinco anos que eu como o que eu devo comer, regrada. Fui convidada pelo presidente da federação para participar do estadual e depois não parei mais”.
Michelly ainda conta que faz diversos exames antes das competições para saber como está o corpo e em que deve concentrar a dieta. Porém, um dos empecilhos que ainda travam o surgimento de mais atletas em Mato Grosso é a falta de patrocínio: “Esse ano eu não iria competir. Estamos no momento de crise e a preparação é muito cara. Você gasta muito. Um biquíni de uma atleta gira em torno de mil reais e nós não queremos repetir. Eu acabei fazendo um textinho e pedi ajuda para algumas coisas, sem pedir dinheiro, consegui suplementação, academia, passagem e agora vou poder ir levar o nome de Mato Grosso para fora”, ressaltou a atleta que chegou a gastar R$ 28 mil na última preparação para o evento.
Silvana também endossa o pedido da colega de esporte: “Eu só tenho a academia AFC como patrocinador, o restante sou eu mesma que patrocínio tudo. É um esporte que custa muito caro e para sustentar não é fácil. Temos que bancar nutricionista, médico, alimentação que não é barata, assim como a suplementação. Eu acredito que deveria ser mais apoiado. Temos um potencial muito grande”.
Início
Competindo há apenas um ano e meio, Silvana disse que se apaixonou pelo esporte após ser convidada a concorrer em um dos concursos do estado: “Eu sou novinha nessa carreira de atleta, comecei há um ano e meio. Em 2014, iria acontecer o estadual aqui e o presidente da federação me convidou para participar, isso faltando um dia. Nem tinha me preparado. Subi no palco e fui vice-campeã. Depois disto eu gostei e em 2015 foram quatro títulos”.
Com um pouco mais de experiência, Michelly virou uma espécie de recrutadora de mulheres para o culturismo: “Acho importante frisar este convite para as mulheres. É um esporte saudável. Você vai comer bem, treinar e suplementar. Tem muita gente que tem condições de fazer algo muito bom. Na verdade, o seu principal concorrente é você. Sempre nos sabotamos. Arranjamos desculpas para não treinar, não comer direito. Poucos vão até o fim e acreditam em si. O campeonato é isso, chegar lá é uma grande vitória. Quando está confiante do que vai fazer, você está mostrando o seu trabalho, dando o seu show”.
Arnold Classic 2016
“A gente está se preparando para ganhar, o atleta se prepara sempre pra isso. Temos que agradar o gosto dos árbitros, porque depende muito deles. A categoria Welness, que é que participo, avalia a mulher como um todo. Simetria, beleza facial, tonos muscular. Não podemos ser muito definidas, nem secas. Não pode haver exagero, você tem que olhar e perceber que é uma mulher que treina, mas não perde a categoria de mulher feminina. É como se fosse um concurso de beleza”, explica Silvana. A competição tem início no dia 01º de abril e segue até o dia 03 do mesmo mês.
O Arnold Classic é um evento multiesportivo que abrange a maior feira de nutrição esportiva, lutas, performance e fitness do país, além de apresentar diversas competições olímpicas e não olímpicas e um congresso palestras nas areas de saúde, alimentação e atividade física com grandes nomes do cenário nacional e internacional. Em 2015 foram mais de oito mil atletas, gerando mais de 100 milhões em negócios.
Categoria Welness
A categoria Wellness foi criada em 2005 com o objetivo de agregar e levar aos palcos uma boa parcela das mulheres brasileiras frequentadoras das academias e salas de ginástica, que tinham o desejo de competir, porém, não se enquadravam em nenhuma das outras categorias existentes por possuírem uma certa desproporção de volume dos membros inferiores (coxas e glúteos) em relação a membros superiores (tronco e braços), e isso ocorre principalmente devido ao fato de boa parte delas treinarem seguindo o próprio padrão de beleza que é naturalmente encontrado e admirado no Brasil inteiro.
Dessa forma são atletas que possuem os glúteos e coxas mais volumosos, porém desenvolvidos segundo a forma feminina natural, deixando o físico voluptuoso, mas que em nada lembre as atletas das outras categorias que exibem maior volume, mas, com mais densidade, separação e definição ente os grupos musculares.
Categoria Womens Physique
A categoria foi oficialmente reconhecida em 2012 e é destinada a mulheres que querem elevar o seu nível de massa muscular e condicionamento ao máximo possível através de treinamento e dieta, porém respeitando-se a anatomia, volume e silhueta feminina. Desta forma, acabam por desenvolver um físico menos musculoso, ainda atlético e esteticamente agradável, ao contrário das antigas atletas do fisiculturismo feminino, que acabaram por perder a feminilidade nos últimos anos.
Para promover isso, os árbitros são constantemente relembrados ao fato que estão julgando uma nova proposta de categoria, diferente da antiga categoria Fisiculturismo Feminino. O tipo de musculosidade, a vascularização, a definição e a desidratação muscular vistas em antigas atletas Fisiculturistas não são aceitas no julgamento das atletas desta categoria.
Currículo
Silvana foi campeão estadual em 2015. Além disto, ela ficou no Top 5 do Arnold Classic daquele mesmo ano e no Top 3 do Campeonato Brasileiro. Já Michelly é bicampeã estadual na categoria Bodyfitness, ficou no Top 3 do Campeonato Sul-Brasileiro e no Top 10 do Arnold Classic. As duas tem o apoio da academia AFC, que disponibiliza o espaço para os treinamentos.