A empresa Consignum, que atua na gestão de margem para empréstimos consignados em Mato Grosso deixará de atuar no Governo. A Consignum foi um dos alvos da operação Sodoma - desencadeada pela Delegacia Fazendária no último dia 11 - mas o desligamento não se deve a operação e, sim, ao término do do contrato.
De acordo com a Secretaria de Gestão de Mato Grosso (Seges), durante a gestão Silval Barbosa (PMD) o prazo de vigência do contrato - que seria encerrado em 2014 - foi prroogado por mais dois anos e será encerrado no próximo mês de maio.
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A Consignum atuava desde o ano de 2008 na gestão de avaliação, mas sem ônus ao governo do Estado. No entanto, o lucro se dá mediante o pagamento de um percentual de cada empréstimo realizado dentro de um universo de 80 mil pessoas – servidores ativos, inativos e pensionistas, de acordo com a Secretaria de Gestão.
O processo de seleção e contratação da Consignum se deu no ano de 2008 - após uma investigação policial constatar que havia um esquema de fraudes para análise das margens de crédito para o funcionalismo público.
Novo processo
Com o encerramento do contrato, em fevereiro deste ano, a Secretaria de Estado de Gestão anunciou em Diário Oficial do Estado que realiza no próximo dia 28 de março processo de tomada de preços para interessados na prestação de serviços. O certame terá início a partir das 9h, na Central de Licitações do Estado.
Sodoma 2
O nome da empresa Consignum ganhou destaque com a prisão do proprietário Willian Paulo Mischur. Ele foi um dos presos preventivamente na segunda fase da Operação Sodoma, que levou para cadeia ainda o ex-secretário de Estado, César Zilio. Os crimes apurados são de lavagem de dinheiro e corrupção.
No total, três mandados de buscas foram cumpridos durante a operação – um na empresa Consignum e dois em residências, uma localizada em um edifício no bairro Santa Rosa, e outro em uma casa no condomínio Naútico Portal das Águas, no Manso. Na casa do empresário os policiais apreenderam cerca de R$ 1 milhão em espécie.
A investigação da Polícia Civil aponta que pelo menos quatro empresas que mantinham contratos com o governo na gestão Silval Barbosa para possibilitar um esquema de lavagem de dinheiro que teria 'rendido' pelo menos R$ 13,3 milhões. No total, 43 cheques emitidos pelas empresas foram identificados pela Polícia Civil para o esquema. A operação levou a prisão o dono da empresa Cosignum, William Paulo Mischur, os ex-secretários da gestão Silval Barbosa, Pedro Nadaf, César Zílio e Marcel de Cursi, além da ex-assessora de Nadaf, Karla Cecília, que já foi liberada. A Polícia Civil solicitou novo decreto de nova prisão a Silval, por 'coordenar' supostamente o esquema, mas o pedido foi negado pela Justiça.