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Com multa de mais de R$ 1,3 mi, médicos reafirmam greve em Cuiabá; Prefeitura corta pontos

Da Redação - André Garcia Santana

Com multa avaliada em mais de R$ 1,3 milhão, o Sindicatos dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), mantém a paralisação de seus profissionais sem data prevista para o retorno das suas atividades. A greve, considerada pela Justiça como Ilegal desde seu início, em 7 de março, teve penalidade inicial estipulada em R$ 50 mil por dia, tendo sido aumentada em 18 de março para R$ 70 mil ao dia. Em assembleia na noite de terça-feira, 29, a categoria decidiu pela manutenção do protesto. 

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A decisão foi do desembargador Guiomar Teodoro Borges, do Tribunal de Justiça do Estado, que considerou a queda drástica no número de atendimentos nas unidades de saúde no período da mobilização. Além de terem pontos e salários cortados desde a data da determinação, os grevistas também passaram por suspensão prêmios e incentivos.

De acordo com a assessoria da Prefeitura, as medidas serão mantidas enquanto os profissionais desrespeitarem a lei. Durante o perídio, a possibilidade de negociação também foi descartada. Devido ao desfalque de profissionais para atendimento no SUS, a gestão contratou 15 novos médicos na última quinta-feira (24) para reforçar o atendimento, e declarou que as contratações podem chegar a 26 novos profissionais.

O estopim para a mobilização foi o corte de 14% no Prêmio Saúde, que atingiu todos os trabalhadores da área. Pagamento das horas extras, adequadas condições de trabalho para atender melhor a população e a implantação do Piso Nacional dos Médicos que é R$ 12.993,00 por 20 horas semanais, são reivindicações da categoria. Conforme o Sindicato, o salário é de R$ 3,8 mil.

Outra exigência diz respeito ao pagamento do Reajuste Geral Anual, cumprimento dos Acordos Coletivos homologados na Justiça e o adequado preenchimento das escalas de plantão defasadas de médicos e profissionais de enfermagem.
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