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Ezequiel Fonseca revela que PP deve deixar base aliada do governo Dilma; sem cargos é mais fácil sair do barco

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Enquanto o PMDB vê sua bancada no Congresso se digladiando internamente para o obedecer o Diretório Nacional e sair do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o Partido Progressista percorre o caminho inverso. Primeiro, está ouvindo a bancada na Câmara Federal e, depois, irá submeter o sentimento da maioria ao crivo da Executiva Nacional.
 
A explicação partiu do deputado mato-grossense Ezequiel Ângelo Fonseca, presidente regional do PP, ao revelar que o sentimento majoritário é pela saída do governo Dilma, principalmente porque  a maioria ainda não possui cargos. “Tudo indica que o PP vai desembarcar também”, ponderou Fonseca. 

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“Teve uma reunião com mais de 30 deputados, que já assinaram um documento a favor da saída [do PP] do governo. De repente, fazer um governo de coalisão, é o que estamos discutindo”, argumentou o parlamentar progressista.
 
Ezequiel reconhece que tanto a decisão do PMDB quanto à do PP, caso decida sair mesmo da base aliada, aumentam a crise política do governo Dilma. E ambas são avaliadas como fator importante no processo de impeachment da presidente da República, no Congresso. Na soma das bancadas, PMDB e PP detêm 117 cadeiras, na Câmara dos Deputados.
 
A bancada do PP se reuniu na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (30),   para discutir o futuro da agremiação e, embora não tenha batido o martelo,   Ezequiel entende que as possibilidades de permanência da sigla no governo são escassas. O PP se tornou a terceira maior bancada da Câmara Federal durante a janela de infidelidade partidária, e hoje soma 49 deputados.
 
Ezequiel Fonseca ponderou que a crise no governo Dilma se agravou muito após a divulgação de grampos telefônicos de suas conversas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados. “Creio que esse grampo telefônico foi a gota d´água”, justificou o presidente regional do PP.
 
No ano passado, Ezequiel foi o coordenador da bancada de Mato Grosso no  Congresso e, no início deste mês, entregou o cargo para o deputado federal Fábio Garcia, presidente regional do PSB. Ele está de licença, sendo substituído pelo deputado José Augusto Tampinha Curvo, mas  reassume no dia 18 de maio.
 
Todavia, sobre o impeachment, Ezequiel Fonseca reconheceu que  “O Partido Progressista está bem dividido”. O rompimento com o Partido dos Trabalhadores  e o governo Dilma foi defendido duramente pelo deputado fluminense Jair Bolsonaro (PP).  
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