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Cunha abre sessão para contar prazo no processo de impeachment

Do G1, em Brasília

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu uma sessão nesta sexta-feira (8) no plenário da Casa para contar o prazo de análise do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial. Entre a apresentação do relatório, ocorrida na quarta-feira (6), e a votação do texto devem transcorrer cinco sessões do plenário da Câmara. A expectativa dos deputados favoráveis ao impeachment é votar o relatório, que pede a cassação de Dilma, na próxima segunda-feira (11).

Desde que o processo de impeachment passou a tramitar na comissão especial, Cunha e a ala de oposição ao governo definiram a estratégia de realizar sesssões todos os dias, inclusives segunda e sextas, datas tradicionalmente de pouco movimento na Câmara, para acelerar os prazos.

A sessão desta sexta é não-deliberativa, quando não há votações de projetos, apenas discussões.
Depois de abrir os trabalhos, Cunha saiu do plenário e falou com jornalistas sobre o rito do impeachment. Ele disse que o caso será votado pelos deputados dois dias depois que for analisado na comissão especial, independentemente do dia em que o parecer for votado.

"Uma vez votado o parecer na comissão especial, ele será lido na sessão ordinária imediatamente seguinte. Após sua leitura, é publicado no diário e 48 horas depois é colocado na pauta. Esse é o rito, será cumprido o dia em que cair", disse Cunha.

Comissão especial

Na tarde desta sexta, a comissão especial do impeachment vai iniciar a discussão do parecer pelo processo de afastamento de Dilma. Os trabalhos, que começam às 15h, podem se estender até o sábado (9) caso não haja acordo sobre o rito a ser seguido. Uma reunião entre líderes na manhã desta sexta vai tentar diminuir o tempo de fala de cada parlamentar, fixado em 15 minutos. Só a manifestação dos mais de 100 inscritos pode levar 27,5 horas.

Deputados governistas são contra continuar os trabalhos da comissão durante o fim de semana e defendem que a discussão seja iniciada e interrompida na sexta, e continue na próxima segunda (11). Já deputados de oposição querem que a discussão se prolongue pelo fim de semana para não correr o risco de ferir o prazo, previsto no regimento, de cinco sessões do plenário da Câmara para a votação do parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).
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