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Dos 38 que votaram por impeachment, 15 têm pendências judiciais, entre eles Leitão que foi preso pela PF

Da Redação - Laíse Lucatelli

Dos 38 deputados federais que votaram favoráveis ao impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), na comissão especial da Câmara, 15 também são alvos de processos. Entre eles, o deputado federal Nilson Leitão, que é presidente do PSDB em Mato Grosso, e chegou a ser preso na Operação Navalha, da Polícia Federal, em 2007. A comissão foi formada por 65 parlamentares e aprovou o relatório favorável ao impeachment na última segunda-feira (11).

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Nilson Leitão possui 19 pendências judiciais, de acordo com levantamento do jornal gaúcho Zero Hora e do site Congresso em Foco. Entre elas, oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao crime, formação de quadrilha, corrupção passiva, crime em licitações e superfaturamento de obras. Ele também é alvo de ações civis públicas.

Os inquéritos no STF derivam da Operação Navalha, da Polícia Federal, que investigou um esquema supostamente chefiado pelo empresário Zuleido Veras, da Construtora Gautama, que atuava em diversos estados e atingia obras de vários ministérios. Em 2007, quando era prefeito de Sinop, Leitão foi preso nessa operação.

O tucano foi acusado de desviar recursos públicos por meio de uma licitação para obras de saneamento do município, ao custo de R$ 40 milhões. Leitão chegou a ser citado por funcionários da Construtora Gautama em escutas telefônicas como beneficiário de propina no valor de R$ 200 mil. Na época, o então prefeito classificou como “arbitrária” a ação da PF.

O presidente do PSDB mato-grossense também é beneficiários de doações feitas por empresas alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Na campanha eleitoral de 2014, o tucano recebeu R$ 500 mil da empresa Galvão Engenharia SA – a maior doação de sua campanha – e R$ 11.550 da construtora Andrade Gutierrez. Os recursos foram enviados para Leitão por meio da direção nacional do PSDB.

Confira a lista dos deputados da comissão especial que votaram a favor do impeachment e possuem pendências com a Justiça:

Alex Manente (PPS-SP)
Benito Gama (PTB-BA)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Jerônimo Goergen (PP-RS)
Jovair Arantes (PTB-GO) - Relator
Leonardo Quintão (PMDB-MG)
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA)
Marcelo Squassoni (PRB-SP)
Marcos Montes (PSD-MG)
Mauro Mariani (PMDB-SC)
Nilson Leitão (PSDB-MT)
Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
Paulinho da força (SD-SP)
Rogério Rosso (PSD-DF) - presidente
Shéridan (PSDB-RR)
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