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Galli reforça coro a favor de impeachment e acusa PT de comprar deputados

Da Redação - André Garcia Santana

O coro a favor do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), reforçado pela atuação de cinco deputados federais de Mato Grosso, tem se estendido dos discursos, feitos pelos parlamentares na Câmara, à suas redes sociais. Em vídeo divulgado em sua página, Victorio Galli, que fez seu pronunciamento na madrugada de sábado (16), com carrega a bandeira de Mato Grosso no ombro, agradece a Deus e afirma que defender a democracia é defender o impeachment.  “Não arredarei o pé do Congresso e carregarei as cores da bandeira brasileira e do nosso estado de MT."

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Aproveitando o momento, ele, assim como os outros quatro parlamentares que representam o Estado, tem utilizado de suas páginas em espaços como o Facebook para tecer acusações ao Governo e destacar seus posicionamentos de direita. Em uma de suas postagens Galli associa o Partido dos Trabalhadores (PT) ao comunismo e alega que o partido foi responsável ou apoiou 50 pedidos de impeachment entre 1990 e 2002. “O comunismo não come criancinhas, mas come cérebros e o senso de moralidade”, diz trecho de um dos textos.

Segundo ele, o PT é responsável ainda por comprar deputados, na tentativa de evitar o afastamento da presidente. “Depois do PT tentar de tudo, comprar deputados na cara mais deslavada; mandar o Cardozo até a OAB e perderem por 26 a 1; O PT recorrer ao STF, mudarem a primeira comissão do impeachment, formarem outra comissão com parte dos líderes escolhidos pelo próprio PT; recorrem ao STF, novamente, contra o impeachment e o STF, por 8x2, determinar que o processo do impeachment está dentro da lei, ou seja, não é golpe. Ainda assim, há militantes e petistas que insistem em chamar os opositores de "golpistas". Pura má fé.”

As discussões do impeachment começaram na Câmara na manhã de sexta-feira (15). A fase de discussão ainda não terminou. Ao longo deste sábado, o Plenário ouviu os partidos e os deputados inscritos para discutir a matéria. Os debates têm demorado mais do que o previsto porque, em intervalos, os deputados podem falar no espaço reservado às comunicações de liderança, com tempo proporcional ao tamanho da bancada.

O Plenário discute o parecer que determina a abertura de processo de crime de responsabilidade contra a presidente. Pesam sobre Dilma Roussef a abertura de créditos suplementares por decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional; e o adiamento de repasses para custeio do Plano Safra, obrigando o Banco do Brasil a pagar benefícios sociais com recursos próprios – o que ficou conhecido como pedalada fiscal.

A decisão do Plenário sobre o destino da presidente só sairá amanhã, em sessão marcada para às 14 horas. A abertura do processo de impeachment depende do voto favorável de 342 parlamentares.
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