Está sendo apreciado em Brasília o Projeto de Lei do Senado 680 / 2015 que propõe substituir o termo “agrotóxico” por “produto fitossanitário”. A mudança foi proposta pelo senador Álvaro Dias (PV-PR). De acordo com o próprio, o termo “agrotóxico” seria “utilizado de maneira ardilosa” para prejudicar a imagem dos produtores e representaria um “marketing negativo”. Estudos apresentados pelo Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde dos Trabalhadores da UFMT, realizados em 2013, revelam que a população de Mato Grosso consome anualmente cerca de 160 milhões de litros de agrotóxicos. O que representa 50 litros por habitante. As cidades que mais consomem os produtos são Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra e Diamantino. Coincidentemente, são as cidades que mais apresentam intoxicação aguda, incidência de câncer, má formação e distúrbios endócrinos e neurológicos. Índices que diminuiriam se fossem reduzidos os níveis de consumo do produto, não da palavra. Questão de marketing.