A China mostrou, neste sábado, que é a maior força da marcha atlética no planeta. No Campeonato Mundial da modalidade, disputada em Roma, na Itália, o país levou as quatro medalhas de ouro em disputa na categoria adulta: individual (20km) e por equipes, no masculino e feminino. Os brasileiros conseguiram, assim como em 2015, bons resultados: No feminino, Erica Sena, prata no Pan e também sexta no Mundial de 2015, fechou a competição deste sábado também em quarto. Caio Bonfim, bronze no Pan de Toronto e sexto no Mundial do ano passado, terminou em oitavo lugar neste sábado.
Na disputa feminina, até a metade da prova dos 20km, seis atletas estavam no primeiro pelotão, inclusive a brasileira Erica Sena. A recordista mundial Hong Liu aumentou o ritmo e disparou na liderança, deixando a mexicana Gonzalez em segundo. A brasileira perdeu um pouco de contato e aparecia em quinto, já a mais de 20 segundos da briga pelo pódio. Nos últimos quilômetros, a italiana Elinora Giorgi, que estava em terceiro, foi desclassificada por ter sido punida três vezes. Liu fechou em 1h25m59, a prata ficou com a mexicana Maria González, 1h26m18 e o bronze foi conquistado pela chinesa Qieyang Shenjie. A brasileira Erica Sena ficou em quarto com 1h27m19.
Entre os homens, o chinês Zhen Wang ficou com a medalha de ouro com o tempo de 1h19m22, seguido pelo compatriota Zelin Cai, com 1h19m34. O bronze foi para Álvaro Martin, da Espanha, com 1h19m36. Caio Bonfim, que esteve no primeiro pelotão até a metade da prova, caiu um pouco entre os quilômetros 12 e 15, e chegou a ser o 11º. Nas últimas voltas, se recuperou e terminou em oitavo, 1h20m20.
O Campeonato Mundial também valeu por equipes. As três melhores posições de cada país são levadas em conta, e a China venceu o masculino, seguido por Canadá e Equador. O Brasil ficou em 11º (contou também com Moacir Zimmermann em 47º, Rudney Nogueira 82º e José Bagio não terminou). No feminino, título também para a China.
A competição seria realizada na Rússia, mas o país está suspenso das competições internacionais de atletismo. Se os Jogos Olímpicos fossem hoje, nenhum russo poderia participar, mas haverá um julgamento em junho para dar um ultimato no assunto.