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Blairo Maggi nega cargo como certo, mas já fala em desafios no Ministério da Agricultura

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

De olho no cargo de ministro da Agricultura em uma possivel administração Michel Temer (PMDB), o senador Blairo Maggi (PR-MT), teceu análises sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que se inicia em instantes na manhã desta quarta-feira (11) no Senado Federal. Maggi negou já ter “vaga” garantida no ministério e falou à imprensa na condição de senador. Afirmou que hoje “é um grande dia para o país” e traçou análises sobre os desafios a serem enfrentados já nesta quinta-feira (12), se confirmado o impeachment.

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“Sempre disse que não havia outra possibilidade senão fazer o enfrentamento do impeachment”, disparou Maggi, sobre o processo de afastamento da presidente Dilma por suposto crime de responsabilidade cometido no ano de 2015.

Para Maggi, a administração da primeira mulher Presidente da República demonstrou “fraqueza absoluta”, pois, segundo o senador, não conseguiu juntar forças suficientes para se manter no poder e realizar as negociações necessárias para aprovações dos projetos.

Já sobre sua eventual liderança no Ministério da Agricultura, avaliou que a nova gestão precisa “ter prioridade, rapidez, foco, não poderá errar e nem brincar”, pontuou. Afinal, segundo Maggi, o “momento é delicado para o Brasil, pra todos nós”.

Para o agricultor, não há agenda mais importante para o país, hoje, do que a econômica. “A parte econômica requer um governo que lhe dê rumo”, manifestou. E explicou que é necessário para o empresariado ter confiança na “solidez” do país, para garantir “que uma empresa se firme no mercado por mais de dez anos” sem sofrer crise e instabilidade jurídica no meio do caminho.

Blairo Maggi nega, entretanto, estar certo sobre sua posição no governo Temer, mas não nega a possibilidade. “Ainda é cedo para falar, mas há convites sim”, resumiu. Ainda, fez questão de valorizar o cargo galgado. “O Ministério da Agricultura é um dos mais importantes que o país tem. É um setor que mantém o PIB do país“, explicou.

O senador concluiu dizendo que, se de fato for escolhido, buscará atacar no campo da geração de renda para o produtor. “Não falo de subsídio”, fez questão de pontuar, em crítica indireta à administração Rousseff, “falo de como o governo pode influenciar nos preços do custo do produtor”, encerrou.

Se concretizado o impeachment, na noite desta quarta-feira (11), Blairo Maggi será o segundo mato-grossense a assumir o Ministério da Agricultura em menos de dois anos. Até dezembro de 2014, o ministro era Neri Geller (PMDB), numa articulação do próprio Blairo, com a bancada do peemedebista, na Câmara dos Deputados.
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