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Sem protestos previstos para hoje, Cut se reúne com movimentos sociais para debater futuros atos em favor de Dilma

Da Redação - André Garcia Santana

Sem protestos marcados para esta quinta-feira (12), membros da Central Única dos Trabalhadores (Cut), se reunirão com representantes de movimentos sociais para avaliar o afastamento da presidente Dilma Roussef (PT) e preparar novos atos em Cuiabá.  Em nota oficial a CUT conclamou suas bases a resistir ao novo governo, alegando não reconhecer o mandato de Temer, uma vez que este seria ilegítimo, por desrespeitar a vontade dos brasileiros que elegeram a presidenta em 2014. As informações são da secretaria de comunicação da entidade.

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Por 55 votos a favor e 22 contra, o Senado aceitou no início desta manhã a abertura do processo de impeachment, após uma sessão de mais de 20 horas. Por volta das 11h da manhã, Dilma foi comunicada oficialmente sobre o afastamento e assinou a intimação no Planalto. De acordo com a Central, esta situação, classificada como golpe, foi arquitetada pelas forças conservadoras, instigado pela mídia e financiada por  empresários nacionais que querem retirar direitos da classe trabalhadora.

O texto, disponível no site oficial da Cut, menciona ainda que o processo tem sido apoiado pelos setores reacionários da classe média, e reforça que junto às forças democrático-populares, resistirá a iniciativas de criminalizar os movimentos sociais. “Lutamos até agora contra o golpe e continuaremos lutando, nas ruas e nos locais de trabalho, para reconduzir o país ao Estado de Direito, ao regime democrático e para fortalecer o povo, de onde emana todo o poder, para efetuar a necessária reforma de nossas instituições políticas”, diz trecho.

Para a terça-feira (10), na véspera da votação, a Cut Nacional convocou trabalhadores para um Dia Nacional de Luta e de Paralisação contra o Golpe e em Defesa de Direitos. A idéia era unificar os servidores dos setores público e privado para tentar evitar o impedimento, interrompendo a produção, o transporte, e o comércio. Em Cuiabá, no entanto, não foram registradas manifestações nas ruas  ou paralisações nos órgãos.
 
Dilma deixa a Presidência um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato e ficará oficialmente afastada do cargo por até 180 dias a partir da notificação da decisão do Senado. O processo no Senado, no entanto, pode acabar antes dos seis meses. Se for considerada culpada, ela sai do cargo definitivamente e fica inelegível por oito anos (não pode se candidatar a nenhum cargo público). Temer será o presidente até o fim de 2018. Se for inocentada, volta à Presidência.
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