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‘Nunca atrasei salário nem discuti reposição’, alfineta Silval Barbosa

Da Redação - Laíse Lucatelli

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) aproveitou a presença na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa para alfinetar o governador Pedro Taques (PSDB) com relação aos problemas enfrentados na folha de pagamento. Na última quinta-feira (12), durante suas considerações finais, o peemedebista destacou o tratamento dado aos servidores estaduais em seu mandato, que se encerrou em 2014.

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Atualmente, Taques enfrenta uma ameaça de greve geral por não pagar a reposição de 11,28% prevista na Revisão Geral Anual (RGA), referente à inflação 2015. Em março, o salário de algumas categorias chegou a atrasar em um dia, ficando para 1º de abril, ao invés do último dia útil do mês trabalhado, por falha no repasse de recursos federais que iriam compor os valores para quitação da folha.

“A folha de dezembro e o 13º salário dos comissionados eu paguei em 19 de dezembro. O 13º dos servidores efetivos eu pagava no dia do aniversário. E o salário dentro do mês. Nunca atrasei um dia de salário. Muito menos tive discussão sobre reposição salarial”, disse, referindo-se ao fato que repôs a inflação do ano anterior na data base de maio durante os cinco anos do seu governo.

Silval afirmou, ainda, que deixou recursos de vários convênios e financiamentos disponíveis para seu sucessor, como o MT Integrado e o Prodetur para infraestrutura. “Falaram que eu deixei um estado de terra arrasada, que eu não deixei dinheiro em caixa, e isso é mentira”, completou.

O presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB), saiu em defesa do governo e rebateu a fala de Silval. “Estamos passando um momento muito difícil nesse estado. Sobre o RGA, foi uma irresponsabilidade muito grande fazer as leis de carreira que foram feitas no seu governo. A arrecadação aumento 150% nesse período, mas a folha cresceu 235%. A culpa, nesse momento, eu não atribuo a Taques”, afirmou.

Silval está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde o dia 17 de setembro, após a deflagração da primeira fase da Operação Sodoma, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Para depor à CPI, na quarta e quinta-feira (11 e 12), ele precisou de autorização judicial e liberação do sistema penitenciário. 
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