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Passaredo cancela voo entre Rondonópolis e SP; senador Medeiros protesta contra decisão

Da Redação - Wesley Santiago

A Passaredo Linhas Aéreas anunciou o fim das operações entre as cidades de Rondonópolis e São Paulo (SP). O cancelamento da rota fez com que o senador José Medeiros (PSD) protestasse contra a decisão, já que os voos em aeroportos regionais contribuem para o desenvolvimento econômico dos estados mais distantes dos grandes centros. Uma reunião será proposta pelo parlamentar para tentar reverter a situação.

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José Medeiros lembrou que em janeiro deste ano a empresa Azul já havia suspendido os voos diretos entre Rondonópolis e Campinas. E com essas medidas das empresas aéreas, Brasília será a única cidade fora de Mato Grosso que continuará tendo voos com aquele município. Junto com a Asta, a Azul liga Rondonópolis apenas a Cuiabá.
 
O senador aproveitou para destacar a importância de voos em aeroportos regionais, ressaltando que contribuem para o desenvolvimento econômico dos estados mais distantes dos grandes centros. Por conta disto, ele fez um apelo ao espírito empreendedor dos donos da Passaredo para que não suspendam a rota, pois 500 mil mato-grossenses serão prejudicados.
 
“São regiões que têm demanda, mas mesmo assim as empresas relutam e quando  prestam um serviço, prestam, parece, que com má vontade e às vezes colocando em risco a vida dos passageiros. Recentemente um avião da empresa quase caiu no meio da soja, 300 metros antes do aeroporto e 70 fora da pista.  Presta um serviço e a qualquer hora, mesmo assim, a gente fica perguntando: qual a qualidade desse serviço? — reclamou na quinta-feira (2) em Plenário.
 
Medeiros ainda ressaltou que irá propor, junto com os demais senadores do estado, reunião entre membros da Secretaria de Aviação Civil, a Agência Nacional de Aviação Civil e representantes da Passaredo, para tentar reverter a decisão. A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do (CDR) aprovou requerimento para audiência pública para debater o Programa de Aviação Regional, anunciado pelo governo, segundo o senador.
 
Programa de aviação regional
 
O plano, que já tinha sido anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em 2012, tem como meta atender 96% da população brasileira com aeroportos a uma distância média de 100 quilômetros de cada cidade do País. Para que isso aconteça, o Estado irá arcar com os custos de 50% dos assentos das aeronaves, em voos com origem ou destino a cidades do interior. O limite é de 60 lugares por trecho.
 
Com isso, o governo deixaria de cobrar tarifas aeroportuárias para passageiros e companhias - como taxa de embarque, de pouso, permanência ou navegação. Assim os tributos deixariam de ser recolhidos e seriam repassados para as empresas aéreas. As grandes companhias brasileiras como Azul, TAM e GOL já manifestaram interesse em aumentar os seus voos para o interior do país.  
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