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Notícias / Brasil

Nova vítima de estupro coletivo recebe ajuda após ter história contada no Facebook

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A cultura do estupro, ainda que você teime em não aceitar, existe e tá aí: fere, oprime, segrega e mata. Você, caro leitor, pode discordar e, ainda assim, nada mudará o fato de que no Brasil um caso de estupro é registrado a cada 11 minutos.

A cada nova notícia, estatística, relato, um cenário de violência e omissão se constrói, e nele, quem paga são elas. E você, leitor, pode até não acreditar, mas tem tudo a ver com isso.

Após o caso de estupro coletivo envolvendo uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro, outra série de denúncias semelhantes se espalham pelo país.

Há pouco mais de suas semanas, o capixaba João Valim, 22 anos, voltou de uma viagem à capital fluminense, levando nas malas um pouco mais que souveniers e lembranças. No bairro da Lapa, região central da Cidade Maravilhosa, conheceu Márcia, moradora de rua a quem pagou um lanche e, numa despretensiosa conversa, descobriu mais uma vítima da cultura que você insiste negar: a do estupro. Márcia, em estágio avançado de gestação, foi violentada por vários homens em uma praia da Barra da Tijuca.

Em sua denúncia, Márcia relatou ao turista que, após uma noite de bebedeira, acordou toda ensanguentada e machucada. Tempos depois Márcia descobriu estar grávida e, mesmo violentada, resolveu encarar a situação. A história de Márcia, testemunho de outras milhares de mulheres brasileiras, ganhou repercussão nas redes sociais após Joaquim compartilhar o episódio no último dia 27 de maio: desde então, a postagem já teve 50 mil compartilhamentos no Facebook.
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