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Autoridades dos EUA não veem evidência de ligação direta de massacre e Estado Islâmico

Reuters

Por Jonathan Landay e Mark Hosenball

CAIRO (Reuters) - O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade neste domingo pelo pior tiroteio em massa na história dos Estados Unidos, mas autoridades norte-americanas disseram não ter evidência imediata ligando o grupo militante ao massacre em Orlando, Flórida.

A declaração do Estado Islâmico foi transmitida pela Amaq, agência de notícias da organização.

"O ataque armado contra uma boate gay na cidade de Orlando no Estado norte-americano da Flórida que deixou mais de 100 pessoas mortas ou feridas foi realizado por um combatente do Estado Islâmico", disse a Amaq.

Ao menos 50 pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas na boate Pulse antes do atirador ser morto pela polícia.

O suspeito de ser o atirador foi identificado como Omar S. Mateen, morador da Flórida que um graduado funcionário do FBI disse que poderia ter tido inclinações na direção de militantes do Estado Islâmico.

O funcionário do FBI, no entanto, alertou que provar a suspeita de ligação com o islamismo radical requer mais investigação.

Duas autoridades dos EUA, que estavam familiarizadas com a investigação, disseram que ainda não haviam descoberto evidências mostrando uma ligação direta entre o massacre e o Estado Islâmico ou outro grupo militante.

As autoridades, que falaram sob condição de anonimato, disseram também que ainda precisariam descobrir se houve qualquer contatos diretos entre qualquer grupo extremista e o suspeito.  

Falando na Casa Branca, o presidente dos EUA, Barack Obama, classificou o ataque de "ato de terror" e "ato de ódio", dizendo que o FBI não pouparia esforços para determinar se o suspeito foi inspirado por grupos extremistas.

As duas autoridades próximas da investigação afirmaram que a principal teoria é de que o suspeito era, de alguma forma, inspirado por militantes islâmicos.

Uma autoridade disse que informações preliminares indicam que o atirador foi motivado por uma mistura de "ódio" e religião.

Autoridades federais acreditam que o atirador era Mateen, filho de imigrantes afegãos e nascido nos EUA, disse.

(Por Ali Abdelaty)
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