Imprimir

Notícias / Política MT

Maggi crê que não concluir o VLT é prejuízo para população e Taques responde que não vai por dinheiro de Mato Grosso

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Responsável direto pela conquista de Mato Grosso para ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o ministro da Agricultura, senador Blairo Maggi (PP), defendeu a conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que vai liga o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ao CPA-I (Morada da Serra), região norte de Cuiabá. E, para ampliar  marketing turístico, a equipe de Maggi rebatizou de Copa do Pantanal Fifa 2014.
 
“Houve, sim, algumas  obras com problemas e faltam a conclusão. Não conseguimos terminar a tempo [da Copa do Mundo], mas tem que correr atrás e concluir as obras. Obra parada é prejuízo para a população”, defendeu o ministro da Agricultura, hoje um dos principais interlocutores do presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

Leia Mais:
- Criador do RGA em 2004, Blairo Maggi afirma que servidor não pode pagar por descompasso na inflação
 
- Pedro Taques conclama servidores a encerrar greve e aderir ao Pacto por Mato Grosso

Em resposta, o governador José Pedro Taques (PSDB) argumentou que Mato Grosso necessita de mais de R$ 600 milhões para concluir o VLT e que, se tivesse tal montante, não investiria no modal. “Se Mato Grosso tivesse R$ 600 em caixa, eu não terminaria o VLT com esse dinheiro. Mas, sim, com dinheiro da União. Porque a Copa do Mundo foi responsabilidade da União”, revelou Taques, se referindo ao trabalho da Consultoria KPMG, divugado no início deste ano.
 
“Caso o governo de Mato Grosso tivesse R$ 600 milhões em caixa, poderia pagar RGA [Reajuste Geral Anual para os servidores]. Ou poderia construir seis hospitais regionais em Mato grosso, como estamos construindo o novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, com o prefeito Mauro Mendes,  onde o Estado investe R$ 50 milhões”, sintetizou Taques, deixando claro que o Tesouro do Estado não irá pôr dinheiro no modal.
 
Mas Blairo Maggi mantém a cobrança. “Sem dúvida, o VLT é um capítulo a parte. Mas é igual gravidez que está no quarto ou quinto mês: não tem que voltar para trás; tem que terminar”, afiançou Maggi. “Vocês sabem que meu projeto não era esse. Eu defendi outro modal, o BRT (Bus Rapid Transport), mas mudaram... agora é como gravidez no quarto ou quinto mês, tem terminar. E o Estado tem que concluir o VLT”, insistiu o ministro da Agricultura, para a reportagem do Olhar Direto.
 
“Quando conquistamos a Copa do Mundo para Cuiabá [em 2009], como cidade sede, a gente esperava que todas as obras estivessem concluídas. Dizem que nem a Arena [do Pantanal] está concluída. E eu lamento como todo mundo”, sintetizou Maggi.
 
Pedro Taques disse que o Estado busca alternativas para terminar o VLT, como concessão e Parcerias Público Privadas (PPPs), em estudo desde o a no passado na Secretaria de Estado de Cidades (Secid) e no Gabinete de Assuntos Estratégicos. “Nós podemos modelar através de concessões ou PPPs. Isso é possível e já existem estudos a respeito disso”, complementou Taques. (Colaborou Wesley Santiago)
 
Imprimir