Por reajuste de 11,57% sobre os salários, cerca de 30 mil trabalhadores da construção civil de Cuiabá e região metropolitana ameaçam entrar em greve, a partir do dia 8 de julho. Na data eles se reunirão com o Sindicato da Indústrias Civil do Estado de Mato Grosso (Sinduscom), para a apresentação das propostas. Na segunda-feira (20), o Sindicato ofereceu aditivo de 6,4%%, mas o valor foi repudiado pelas representações laborais e trabalhadores presentes.
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De acordo com a categoria, o percentual é inferior ao da inflação, cuja média é de 9,8%, Além disso, o pagamento seria realizado em duas vezes, sendo uma no salário de julho, retroativo a maio; e outra em novembro. A partir desta terça (21), os sindicatos percorrerão os canteiros de obras para explicar aos trabalhadores o impasse nas negociações e para mobilizá-los em caso de paralisação geral.
Além da Capital, a mobilização envolve sindicatos de trabalhadores da construção e mobiliário de todo o Estado, exceto região sul. O entendimento dos sindicatos é de que as categorias não podem ser penalizadas pelo contexto político e econômico que o país atravessa, uma vez que o cenário é de inflação e queda do poder de compra dos salários.
Eles lembram que o setor da construção teve crescimento recorde nos últimos anos, graças à explosão de obras pelo país, o que não justifica as alegações dos empresários sobre a crise. As entidades são filiadas à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT).
A decisão pela possível paralisação foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira (20) entre representantes da FETIEMT, sindicatos filiados e uma comissão de operários de construtoras locais.