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Novo presidente tem missão de recuperar imagem da Câmara, dizem deputados de MT

Da Redação - Laíse Lucatelli

Deputados federais de Mato Grosso esperam que a eleição do novo presidente da Câmara Federal recupere a imagem da Casa de Leis, desgastada após sucessivas turbulências, que atingiram o ponto mais crítico quando então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi afastado do mandato de deputado, em uma decisão inédita do Supremo Tribunal Federal (STF). Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito presidente no segundo turno, com 285 votos, na quarta-feira (13), para completar o mandato de Cunha, até fevereiro de 2017.

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Horas antes da votação que escolheu Maia, os deputados afirmaram ao Olhar Direto que tinham expectativas positivas. “Sem dúvida a escolha de um novo presidente normaliza a situação da Câmara após todo esse período de instabilidade”, avaliou Carlos Bezerra (PMDB).

“A proposta de todos os candidatos é melhorar a imagem da Câmara. Passamos uma fase muito dura. Agora com a mudança do presidente da República, a entramos em um momento novo, e o novo presidente tem a oportunidade de levantar a moral da Câmara Federal”, disse Ezequiel Fonseca (PP).

Nilson Leitão (PSDB) observou que a imagem de Eduardo Cunha estava ruim e que uma mudança era necessária. “Qualquer presidente eleito vai ter função de mudar o comportamento e resgatar a credibilidade da Câmara. A situação do Eduardo Cunha estava totalmente insustentável. Ele perdeu a confiança e sem confiança não dá para continuar”, disse o tucano.

Adilton Sachetti (PSB), por sua vez, afirmou que a simples mudança de presidente não é suficiente para resgatar a Casa de Leis. “Não foi nenhum ato grandioso que maculou a Câmara; foi um conjunto de desgastes ao longo do tempo. A mudança de presidente ajuda a recuperar, mas não é só isso. São várias atitudes que o novo presidente tem que tomar”, disse.

“Como gestor, Eduardo Cunha fez um bom trabalho. Mas o componente político era muito forte, pois ele não dava muito espaço para os outros. Ele sabia manobrar o regimento como ninguém. O novo presidente tem que dialogar mais, distribuir as tarefas. Mas principalmente resgatar a credibilidade com a população. Com as denúncias que pairavam sobre ele, a população tinha dúvida. O que precisamos resgatar é o respeito da sociedade, porque não estamos aqui de graça. Fomos eleitos”, concluiu. 
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