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Disputa entre prefeito e vice pode roubar a cena na eleição de Rondonópolis

Da Redação - Jardel P. Arruda

A disputa pela Prefeitura de Rondonópolis, terceiro maior colégio eleitoral e segundo maior economia de Mato Grosso, pode ganhar uma forma improvável dentro das próximas semanas e ter como dois principais concorrentes o atual prefeito Perciaval Muniz (PPS) contra seu vice Rogério Salles (PSDB), o qual participa da atual gestão e em nenhum momento se posicionou publicamente como opositor das ideias do titular do cargo.

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O vice-prefeito teria sido “convocado” para ser um nome de consenso o grupo dos apoiadores do governador Pedro Taques (PSDB). Rogério era governador do Estado durante a deflagração da Operação Arca de Noé, que resultou na prisão de João Arcanjo Ribeiro, liderada pelo atual governador quando este era procurador de Justiça. Salles ainda foi candidato ao Senado na chapa liderada por Taques em 2014. Além disso, possui um histórico tradicional na cidade capaz de aglutinar vários partidos.

Para Percival Muniz, se for confirmada essa disputa, a situação seria “sui generis” devido ao fato de Rogério ter participado de toda administração. “Isso para mim é uma prova que minha administração e tão boa que a cidade vai ficar entre o prefeito e o vice. Ou tem outra leitura?”. Questiona, para em seguida dizer que isso não seria uma traição. Ao contrário, tornaria a disputa mais saudável. “Eu acho bom essa disputa, se isso acontecer. Porque a cidade fica em boas mãos, seja na do vice, seja na do prefeito”, completa.

O prefeito do PPS ainda explica que acha mais interessante os dois serem candidatos do que um dos dois recuar para declarar apoio ao outro, porque isso possibilitaria o surgimento de um nome de fora do grupo. “Tem 20 partidos querendo que eu seja candidato. São 160 candidatos a vereador. Desses partidos, mesmo me apoiando, não iriam apoiá-lo (Rogerio), ai teríamos que liberar outro candidato. São partidos que tem problema com o PSDB. PT, por exemplo, me apoia, PCdoB me apoia, PR me apoia, PMDB, me apoia. E esses partidos todos têm problemas com PSDB”.

“Então hoje, se eu não for candidato, mesmo assim vai surgir outro candidato. Se ele não for candidato, também vai ter que surgir outra candidatura. Então qual que é o melhor? Eu acho que e ficar os dois candidatos. Por que ele está participando da administração desde o início e amanhã se ter Percival, ou se der Rogério, vai ser a continuidade. Eu nunca imaginei que fosse ter uma situação tão tranquila a que esta ficando”, finalizou.
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