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Prima de acusado de matar mulher a facadas confirma namoro com vítima: ‘Ela pagava até o aluguel dele’

Rafael Soares, Extra

Rejane Ferreira Batista, de 25 anos, prima de Rojelson Santos Baptista, acusado de matar a facadas Christiane de Souza Andrade na frente da filha de 7 anos, afirmou, em entrevista ao EXTRA, que os dois haviam brigado por conta do vício dele em cocaína uma semana antes do crime. Segundo Rejane, os dois mantinham um relacionamento amoroso há três anos e era a mulher quem pagava o aluguel de Rojelson — que morava num cortiço no Estácio, na Zona Norte, a poucos metros do local do crime. A versão de Rejane corrobora as investigações da Divisão de Homicídios (DH), que concluiu que o crime teve motivação passional.

— Não sei por que ele fez isso com ela. A Christiane era muito boa com ele. Dava dinheiro para o aluguel e para ele comprar comida. Não sei se a família dela sabe do relacionamento, mas ele já trouxe ela para o São Carlos (favela no Região Central do Rio), onde mora toda a nossa família — conta Rejane.

A prima de Rojelson também afirmou que, no último contato entre ela e Christiane, cinco dias antes do crime, a vítima contou sobre o rompimento. O encontro se deu na estação de metrô do Estácio e, segundo Rejane, Christiane afirmou que havia terminado o relacionamento há três dias.

— Ela não queria que ele continuasse usando droga — afirmou Rejane.

Ontem, o EXTRA voltou ao local do crime e percorreu as ruas onde Rojelson e a vítima moravam. Seis pessoas, entre elas o dono de um bar que empregou o acusado numa obra, afirmam que já viram os dois juntos no Estácio.

Expulso de favela após facada em 2012

Antes de morar no Estácio, Rojelson vivia com outra mulher no Complexo do Chapadão, na Pavuna. Segundo Rejane, em 2012, ele foi expulso da favela pelo tráfico após dar facadas no pescoço de sua então companheira. Rojelson ainda responde pelo crime na Justiça. Após deixar a Pavuna, ainda tentou voltar para o São Carlos, onde foi criado.

— Ele até ficou por aqui algum tempo, mas foi expulso pela própria avó, que não suportava o vício dele em cocaína — contou a prima.

Procurado pelo EXTRA para comentar as declarações de Rejane, o militar reformado Tobias Luiz Silveira, de 68 anos, tio de Christiane, afirmou que a família desconhece qualquer relacionamento entre a mulher e Rojelson.

— A família dele acredita que essa história pode beneficiá-lo de alguma forma.

Até ser assassinada com duas facadas no pescoço, Christiane morava com a filha e um companheiro no Estácio.
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