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Estado Islâmico reivindica atentando em Ansbach, na Alemanha

R7.com

Mohammed Delel, autor do ataque, havia jurado fidelidade ao grupo jihadista

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) reivindicou a autoria do atentado realizado em Ansbach, na Alemanha, na noite do último domingo (24), que deixou o próprio agressor morto e outras 15 pessoas feridas.

A informação foi divulgada pela agência de notícias Amaq, que é considerada a representação oficial do grupo na mídia.

Mais cedo, um vídeo havia mostrado que Mohammed Delel, o homem-bomba sírio de 27 anos, jurou fidelidade ao grupo jihadista.

O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, explicou que foram encontrados vídeos em um dos celulares do suspeito onde ele diz que se vingaria do país — que, de acordo com ele quer destruir o Islã — em nome do grupo.

Ainda segundo o ministro, isso não implica em uma ligação com o grupo, apenas uma motivação jihadista. Muitos dos atentados ligados ao EI são realizados por "lobos solitários" que se identificam com a causa e agem sós.

Materiais para construção de bombas caseiras foram encontrados em seu apartamento durante operação de busca.

Delel chegou à Alemanha no começo de julho de 2014, vindo de Aleppo, reduto de rebeldes contrários ao regime do ditador Bashar al Assad.

Ele recebeu uma ordem de extradição à Bulgária no final daquele mesmo ano. Uma segunda ordem contra ele foi emitida alguns dias atrás.

O sírio morreu na explosão e deixou ao menos outras 15 pessoas feridas, sendo que três estão em estado grave.

O homem explodiu uma bomba que estava em sua mochila quando tentava entrar em um festival onde estavam cerca de 2.500 pessoas.

O criminoso havia tentado se matar duas vezes em situações anteriores e esperava ser extraditado. Ele tinha passagem pela polícia alemã por crimes relacionados ao uso e venda de drogas.

Ainda que o atentado não tenha sido reivindicado por nenhum grupo, autoridades acreditam que a ação tenha sido inspirada nos recentes ataques dos militantes jihadistas do Estado Islâmico.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está acompanhando a situação e lamentou os episódios de violência.
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